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17 de Maio de 2017
A pequena super-heroína Mariana
"Saudações,
Estou escrevendo para contar sobre a minha pequena super-heroína.
Mariana é uma criança que nasceu na situação de prematuro extremo (26 semanas de gestação). Minha gravidez foi tranquila e nada havia de errado. Minha obstetra suspeita de um "leve deslocamento de placenta", porém sem grandes comprovações.
Ela nasceu, após 5 dias internada tomando inibidores de parto que não surtiam efeito algum (não passei mais de meia hora sem contração). Foi um parto normal, empelicado com placenta - pelo que pesquisei é um parto a cada 80 mil que nasce assim. Logo que ela nasceu, ela teve duas paradas cardiorrespiratórias. Foi revertido e ficou estável na UTI Neonatal do Hospital Universitário de Brasília em ventilação CPAP. Cerca de uma semana depois ela teve uma pneumonia que evoluiu para sepse por Serratia spp. Esses dias foram muito difíceis porque não acreditávamos que ela fosse sobreviver.
Todo esse período da sepse, ela ficou entubada e se extubava acidentalmente algumas vezes (até duas vezes por dia já aconteceu). E quando sarou a sepse, foi programada a extubação. Falhou duas vezes, teve que ser reintubada. Aí ela teve a segunda pneumonia. Atrasou-se a programação de extubação. Foi tratada. E frente à terceira falha na extubação programada, foi solicitado uma broncoscopia para se averiguar alguma obstrução alta. Foi diagnosticada com traqueomalacia com obstrução grave das cordas vocais. E foi feita uma traqueostomia.
Foi um sucesso a cirurgia. Porém, ela começou a sofrer com síndrome de abstinência dos sedativos (classe barbitúricos) que eram usados no período da entubação. Foi tratada essa síndrome e começou-se a evoluir ela com vistas à alta hospitalar.
Hoje ela é uma bebê linda, que precisa de oxigenioterapia por conta de broncodisplasia pulmonar severa. E seguimos bem! Estou aberta a trocas de experiências.
Dedico essa publicação à equipe da UTI Neo do HuB."
(relato da mamãe Ana Izabel, enviado em 2017)