26 de Agosto de 2018

A corajosa história de Maria Júlia

"Meu nome é Bruna e vou contar para vocês a história de vida e superação da minha filha, Maria Júlia!

Tudo começou em julho de 2016, quando ao sentir fortes dores, e sem saber que estava gestante, eu sofri um aborto espontâneo às 6 semanas de gestação, e é aí que tudo começa. Ao procurar um médico para me examinar, descobri que o meu útero ainda estava em tamanho alterado, o que indicava uma gestação, e que mesmo após sofrer um aborto, o médico não eliminou a hipótese. Após passar por uma ultrassonografia transvaginal, descobri o que eu menos esperava: tinha um embrião vivo no meu útero, ou seja, a minha gravidez era gemelar e a minha filha foi uma guerreira desde o dia em que foi gerada, ela venceu a primeira batalha pela vida. Depois da descoberta, corria tudo bem com a gestação, apesar dos enjôos frequentes e da minha perda de peso, ela estava perfeita, se desenvolvendo como o esperado.

Quando estava com apenas 28 semanas de gestação, uma infecção urinária fez com que as moléculas da minha bolsa se rompessem. Meu bebê pesava 1kg, o que preocupou os médicos. Para maior preocupação e desespero, não havia vaga disponível na UTI neonatal, e eu precisei esperar de domingo até a quinta-feira para fazerem o meu parto. Foram cinco dias de espera, de repouso, e de muita esperança. Ali o amor só crescia e o medo de perder Maria Júlia tomava conta de mim!

Entrei no centro cirúrgico às 15h da quinta, dia 29/12, e o meu parto foi realizado às 18:05, cesariana de risco. Eu tive oligodramnia severa (perda total de líquido amniótico), mas a vitória foi dada por Deus, e a minha filha chorou ao nascer. Pesando 1,70kg, foi levada às pressas para a UTI, e eu nem pude vê-la. Como prova do amor de Deus por nós, ela estava firme, respirando sozinha (um milagre). Só depois de 3 horas após o nascimento precisou fazer uso de CPAP. Foram 27 dias na UTI, sem intercorrências, sem uso de aparelhos ou medicações, estava ali apenas para ganho de peso, e observação, pois a prematuridade foi extrema.

Com 1,150 subimos para o berçário, e lá começaria mais uma etapa da nossa superação. Mamãe ainda aprendendo a ser mãe de um bebê tão pequeno e frágil, Maria Júlia ficou em manuseio mínimo e isolamento de contato a maior parte do tempo que esteve no hospital, pois estava com uma bactéria, e dificuldades para ganhar peso. Teve alta geral no dia 21 de fevereiro de 2017, e hoje me dá a chance de dividir com todos a nossa história.

Ela venceu, vencemos a prematuridade. Hoje aos nove meses, continua nos surpreendendo com sua inteligência, com sua força e coragem. O maior prazer da minha vida é poder ter Majú por perto, ela nos ensina a sermos mais fortes e a vencermos cada batalha imposta pela vida. Sou mãe de um prematuro com o maior orgulho e amor desse mundo! Por vezes achei que não conseguiríamos, mas conseguimos, e hoje posso compartilhar com o mundo a nossa história."

(relato da mamãe Bruna Miranda, enviado em 2017)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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