22 de Junho de 2017

Um milagre chamado Arthur

"Eu e meu esposo tínhamos feito todos os exames pois a demora para engravidar estava grande. Descobrimos que ele tinha baixa contagem de esperma e teríamos que fazer uma inseminação, então resolvemos que iríamos viajar e aproveitar um pouco mais antes de fazermos. Foi aí que eu engravidei, meu milagre aconteceu! Não foi uma gravidez fácil, emagreci 8 quilos durante a gravidez. A minha pressão começou a subir e o bebê estava entrando em sofrimento.

Na madrugada do dia 6 de maio, tive um convulsão dormindo e fui levada às pressas para o hospital. Foi quando o Arthur nasceu, com 29 semanas, pesando 990 gramas, não chorou e logo foi entubado, era PIG para a idade gestacional. O médico percebeu que ele havia feito um nó no cordão rente a placenta, o que impediu de passar alimento e o remédio para amadurecer o pulmão. Aí começava a grande batalha de nossas vidas.

Ele fez várias transfusões de sangue, incontáveis banho de luz. Os médicos falavam que ele não passaria daquela semana, que a situação dele era bem delicada. Ele ficou entubado por 100 dias. Foram 9 tentativas de tirar do tubo, em um inclusive ele ficou 5 dias sem tubo e voltou. Era desesperador, sentia meu mundo ruindo. O hospital permitia somente a visita em dois horários, entre 16:00 às 16:30 e às 20:00 até 20:30. Isso era inaceitável pois ele precisava de mim e eu dele. Quando ele estava com 88 dias de UTI, pedi ao diretor do hospital que pemitisse uma visita de manhã, ele permitiu das 8 às 9, mas os anjos da UTI, as enfermeiras me deixavam ficar a manhã toda.

Os médicos já estavam desacreditando, afinal já eram 100 dias entubado e nada. Porém em uma madrugada quando completava exatos 100 dias de UTI, ele mesmo arrancou o tubo e começou a brincar com ele! As enfermeiras contam que o médico ficou conversando com ele meia hora pedindo para ele ir para casa, que não queriam mais ele ali, e que sua mãe estava muito ansiosa por ele. Depois disso, ele ficou mais 20 dias na UTI e recebeu alta. Ele se desenvolveu bem com o acompanhamento que faz até hoje, como fisio, fono, natação, equoterapia. Demorou para andar, foi com 2 anos e 3 meses, e ainda possui algumas limitações como correr e subir escada, mas nada grave. É muito inteligente, esperto e enquanto eu escrevo este depoimento já me falou umas 3 vezes que me ama para sempre!"

(relato da mamãe Carla Varela, enviado em 2016)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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