Janeiro Branco reforça a necessidade de atenção e empatia; ONG Prematuridade.com oferece suporte às famílias de bebês pré-termo.
Janeiro de 2025 – A experiência de ter um bebê prematuro é uma jornada única e desafiadora, marcada por uma montanha-russa de emoções. Culpa, medo e ansiedade são sentimentos comuns entre as mães que enfrentam a realidade de ver seus filhos internados em UTIs neonatais.
A constante incerteza sobre o estado de saúde do bebê, o receio pelas notícias e a intensa rotina hospitalar tornam esse período exaustivo e, muitas vezes, solitário. “Os pais, em especial a mãe, vivencia uma roleta russa de emoções, porque ela tem contato com a vida e a morte o tempo todo. Não só referente ao seu bebê, mas outros prematuros que estão ali ao seu redor. São momentos de muita fragilidade e, com todas essas emoções, essa mãe pode desenvolver transtornos, como síndrome do pânico ou depressão”, explica a psicanalista e coordenadora do Núcleo de Saúde Mental da Associação Brasileira de Pais, Familiares, Cuidadores de Bebês Prematuros, a ONG Prematuridade.com, Simone Dantas.
Reconhecendo a importância de acolher essas famílias, a entidade reforça sua participação na campanha Janeiro Branco, que promove a conscientização sobre a saúde mental. Desde 2022, o Núcleo de Saúde Mental da organização oferece atendimentos gratuitos, incluindo grupos de apoio quinzenais e sessões individuais com especialistas, de forma remota.
“O nascimento de bebês prematuros traz uma mistura de emoções e é fundamental que haja um espaço de escuta, para que os pais possam compartilhar seus sentimentos, sem medo de julgamento”, ressalta Simone. “Nos grupos de apoio, incentivamos o compartilhamento de experiências e oferecemos um ambiente seguro para expressão e compreensão mútua”, completa.
De acordo com a psicanalista, a ONG Prematuridade.com oferece dois formatos de grupos de acolhimento. O 'Famílias de UTI’, voltados para as mães e pais que têm bebês ainda internados, e o ‘Histórias de Afeto', destinado às famílias que enfrentaram a perda de seus
filhos. Formatos que têm sido de grande ajuda aos pais, que encontram suporte emocional e estratégias para lidar com os desafios do dia a dia.
Ela também destaca a importância de validar todos os sentimentos que surgem durante esse período. “A mãe de um bebê prematuro precisa compreender que é natural sentir raiva, tristeza, ou mesmo desesperança. Esse é o retrato de uma maternidade prematura: uma avalanche de emoções”, diz Simone. “Com o apoio certo, essas mulheres podem encontrar forças para enfrentar os desafios e construir um vínculo significativo com seus bebês, mesmo em situações tão adversas”, conclui.
Serviço: Campanha Janeiro Branco
Luto na Prematuridade
Dia 13/01 e 27/01 - Às 19 horas
Encontro de Pais com bebês na UtiNeo
Dia 20/01 - Às 19 horas
Para participar, clique aqui. Em caso de apoio, entre em contato pelo e-mail: saudemental@prematuridade.com ou pelas redes sociais da ONG Prematuridade.com.
Crédito da foto: Divulgação / Freepik
Fonte: Predicado Assessoria