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26.02.2020

Quando meu filho precisa de Terapia Ocupacional?

Muitas pessoas ainda desconhecem a atuação do terapeuta ocupacional (TO) e, por esse motivo, não sabem muito bem quando seus filhos apresentam necessidade de acompanhamento com este profissional e não com outro. Vamos para uma definição bem simples: quando uma pessoa, em qualquer ciclo da vida (de bebê até idoso) apresenta dificuldade em participar e realizar atividades do dia a dia (suas ocupações básicas), precisa do atendimento de um terapeuta ocupacional.

Pensando especialmente no bebê e na criança prematura, sabemos que o nascimento antecipado pode trazer sequelas, pois a UTI é muito estressante e isso pode atrapalhar o desenvolvimento cerebral sadio. Dessa forma, o TO intervém na área motora, mas também na sensorial (visual, auditiva, tátil, gustativa e olfativa), cognitiva e psicossocial. O terapeuta ocupacional entra em ação quando a rotina do bebê ou da criança está sendo prejudicada, apresentando dificuldade para brincar, para comer, vestir e interagir socialmente, por exemplo.

É importante frisar que não precisamos esperar que a criança apresente dificuldades para procurar esse profissional, sobretudo quando falamos de prematuros, já que eles têm um risco para atraso no desenvolvimento global. O ideal é realizar um acompanhamento com terapeuta ocupacional assim que possível, para que, caso surja algum distúrbio ocupacional, a intervenção seja realizada no tempo certo.

Intervimos buscando a funcionalidade da criança, independentemente da sua condição clínica. Auxiliamos nas adaptações de objetos, de tarefas, confeccionamos órteses (dispositivos de auxílio para alguma função), avaliamos e intervimos no ambiente dessa criança. Avaliamos seu cotidiano dando prioridade para as atividades que são significativas para ela e para sua família. Além disso, trabalhamos bastante com os familiares e cuidadores, pois muitas vezes eles se sentem sobrecarregados e alguns ajustes na rotina podem favorecer a autonomia, a qualidade de vida e a independência tanto da criança quanto de seus cuidadores.

Se o seu filho, tendo um diagnóstico ou não, apresenta dificuldades na escola ou você percebe alterações sensoriais no dia a dia, como, por exemplo, crianças que se batem e não demonstram sentir dor, ou que são muito sensíveis a texturas diferentes podem apresentar algum distúrbio sensorial, dificuldade para participar das atividades do cotidiano, alteração em membros superiores (você nota diferença de uma mãozinha pra outra ou a criança não consegue pegar direito, usar a escova de dentes ou um talher), vale procurar um terapeuta ocupacional, pois a participação nas ocupações diárias são essenciais para um desenvolvimento global saudável.

por Hellen Delchova Rabelo, Terapeuta Ocupacional (CREFITO 11 – 15285 TO)

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