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03.05.2023

Os problemas de saúde mais comuns nos bebês prematuros

Por deixarem a barriga da mãe muito cedo, eles podem estar sujeitos a complicações de ordem respiratória, cardíaca e até neurológica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que, anualmente, 15 milhões de bebês ao redor do globo nascam prematuramente, ou seja, antes de 37 semanas de gestação. No Brasil, a realidade também não é animadora. de acordo com o estudo Born Too Soon, realizado pela ONG americana March of Dimes, nós ocupamos o 10° lugar no ranking dos países com maior número de nascimentos antecipados - são, anualmente, 340 mil (segundo dados do Ministério da Saúde), o que equivale a seis casos a cada dez minutos.

Em 2022, a ONG Prematuridade.com fez um levantamento nacional que mostrou o quanto a desinformação sobre o assunto ainda é grande e preocupante no país. "Aqueles pais de prematuros que responderam a pesquisa e que passaram pela experiência disseram que antes de ter um prematuro tinham pouquíssimas informações a respeito disso. Então, quer dizer que a gente precisa falar mais durante o pré-natal, informar as mulheres em idade fértil, trazer o tema à toma para toda sociedade para que, caso venha a acontecer um parto prematuro, os riscos sejam menores, tanto para mãe quanto para o bebê", destacou Denise Suguitani, diretora executiva da organização, a Agência Brasil.

A grande preocupação é o fato de que a prematuridade - tanto os casos extremos (com menos de 1.500 gramas e antes da 32ª semana gestacional) quanto os considerados tardios (entre 34 e 36 semanas) - está associada a uma série de complicações de saúde qué envolvem problemas imunológicos, respiratórios, cardíacos, intestinais e neurológicos. Além disso, ela é a principal causa global de morte até os cinco anos de idade Confira, a seguir, algumas dessas questões, mas lembre-se de que ter dado à luz antes da hora não significa que, necessariamente, o seu pequeno as desenvolverá.

Problemas respiratórios

Eles são a principal preocupação quando se trata dos prematuros. A enfermidade mais comum é a Síndrome do Desconforto Respiratório (SDR), antigamente conhecida como Doença Pulmonar da Membrana Hialina. Atinge com mais frequência os pequenos de muito baixo peso e que nasceram antes da 32a semana de gestação. Neles, devido à imaturidade dos pulmões, há uma produção insuficiente de surfactante, uma substância que permite que o ar passe livremente pelos alvéolos pulmonares. Além de dificultar a respiração, a oxigenação dos tecidos pode ser afetada, o que também abre portas para complicações. E mais: o próprio tratamento dessa síndrome é uma ameaça aos prematurinhos. "Com frequência, eles precisam ser intubados ou ventilados, técnicas de assistência que podem trazer sequelas", observa o pediatra Renato Soibelmann Procianoy, professor titular de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Outro problema de ordem respiratória que atinge aqueles que nasceram antes dos nove meses é a taquipneia transitória, mais frequente nos prematuros tardios. "Ela acontece quando ná uma retenção de líquido no pulmão do recém-nascido", explica a pediatra neonatologista Edinéia Vaciloto Lima, do Hospital Pro Matre Paulista, em São Paulo. O tratamento é rápido. com suporte ventilatório, em até três dias o pequeno está curado.

Leia Mais: bebê.com

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