Foram 76 dias na UTI e mais 4 no quarto, totalizando 80 vezes em que o sol nasceu e se pôs conosco lá, internados e sofrendo junto ao diamante que tínhamos acabado de receber do criador.
Minha Laís não respirava, não se alimentava, não sorria e não chorava. Tudo o que ela esboçava era um olhar fixo e perdido que parecia clamar por uma chance de viver. E nós, pais, estávamos enfraquecidos, de mãos atadas, com uma horrível sensação de impotência, e buscando forças (quase inexistentes) para superar e fazer com que nosso final fosse diferente e inspirador.
Mas, mesmo diante do período mais doloroso das nossas vidas, adivinha só o que aconteceu?
O AMOR e a FÉ venceram (como sempre!) e a fizeram reviver com a graças do nosso poderoso Deus!
O (meu) coração que batia fora do meu corpo recebeu o sopro da vida e essa nova chance tornou-se um milagre admirável e concreto também aos olhos do homem.
Uma história que virou livro (Diamante no acrílico: entre a vida e o melhor dela) e hoje borbulha motivação na alma de muitas famílias que vivenciam situações de angústia semelhante a que passamos.
Agora, essa princesa guerreira – dona de um legado que ainda nem imagina ter – comemora sempre dois aniversários anualmente: o do nascimento e o da alta hospitalar.
Caramba, como é vida, né? Esteve prestes a não comemorar nenhum e agora tem a chance de celebrar dois. Obrigado, senhor!
“Filha, você é digna de todas as homenagens possíveis e sempre farei questão de dividir sua vitória com o mundo, compartilhando positividade e a máxima de que O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE!
Contigo aprendi qual o verdadeiro significado da palavra VIDA, e por você tentarei ser um homem melhor a cada dia.
Te amo hoje e sempre. Ao infinito e além!”
“Ter filho ou filha é para qualquer um; ser pai ou mãe, não!”
por Fernando Guifer, jornalista e pai da prematurinha Laís (FernandoGuifer.com.br)