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21 de Agosto de 2018
Meu pequeno e valente Bento
"Olá! Meu chama Camila, tenho 25 anos e sou mãe do pequeno Bento, meu valente prematuro. O Bento nasceu no dia 22 de julho de 2016, de parto cesária, com 33 semanas e 4 dias, devido ao desenvolvimento de uma doença muito rara chamada síndrome de Hellp. A Hellp, para quem não sabe, é uma doença sem cura, e muito rara, que atinge menos de 1% das grávidas. Ela causa falência múltipla de órgãos, perda de proteína na urina e,consequentemente, pode vir a matar tanto a mãe quanto o bebê. O único modo de salvar ambos é fazendo o parto prematuro.
Toda a minha gravidez foi muito tranquila e sempre lia muito sobre gravidez e doenças que possam vir a ocorrer. No meu caso, descobri que havia algo errado pois da noite para o dia inchei e minha pressão subiu. Fiquei internada durante 5 dias até ela se estabilizar e, no 5° dia foi quando desenvolvi a Hellp e os médicos decidiram por fazer o parto do meu pequeno. Não senti dor em nenhum momento e meu filho nasceu chorando, como manda o protocolo. Não precisou ser entubado e agradeço a Deus todos os dias por isso!
Fui conhecê-lo somente no dia seguinte, quando fui com meu marido até a UTI. Chegando lá, me deparei com vários guerreirinhos lutando pela sobrevivência como se fossem gente grande, cheios de garra e nos dando forças para nunca perder a esperança. Meu pequeno estava bem, sem intercorrências e ficou somente pelo baixo peso, ele precisava de mais 400g para poder ter alta da Neo. Desde então, foram dias difíceis: de chegar e vê-lo pela incubadora, até ir embora e ter que deixá-lo, mas nessas horas Deus te mostra o quanto é preciso ter fé para continuar. Aos poucos fui podendo dar meu leite pela sonda, e duas semanas depois pude amamentar meu pequeno e foi simplesmente maravilhosa a sensação de vitória.
A cada dia as notícias eram melhores, mas mesmo assim o choro insistia em chegar todas as noites. Foram 32 dias de muito aprendizado. Consegui amamentar, e com três meses meu pequeno só mamava no meu peito. Sou uma mãe muito orgulhosa por isso, pois sei que meu leite fez muita diferença para a imunidade dele. Ontem, dia 22 de janeiro de 2017, ele completou 6 meses e já está comendo frutinha e a amamentação em livre demanda continua firme e forte. Ele é a razão de toda a minha felicidade! A todas as mães de prematuros, só tenho a dizer que nunca desistam, pois a recompensa é impagável."
(relato da mamãe Camila Dias, enviado em 2017)