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14.02.2025

Vacina que protege o bebê do VSR estará disponível pelo SUS para todas as gestantes

Dia 13 de fevereiro trouxe notícias que marcam a História da saúde materno infantil no nosso país.

Além da aprovação do Nirsevimabe, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), em sua 137ª Reunião Ordinária, recomendou também a incorporação da vacina aplicada em gestantes, que previne doenças respiratórias causadas pelo pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR) nos bebês.

A "vacina vírus sincicial respiratório A e B (recombinante) para a prevenção da doença do trato respiratório inferior e da doença grave do trato respiratório inferior causada pelos vírus sincicial respiratório em bebês por imunização ativa em gestantes", conforme descrição no documento da Conitec, já havia sido aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no ano passado e estava disponível em clínicas particulares. Agora, todas as gestantes passam a ter acesso a ela pelo SUS.

O VSR é responsável por cerca de 80% dos casos de bronquiolite e 40% dos de pneumonia em crianças pequenas. Além de ser potencialmente fatal, infecções por VSR podem deixar sequelas respiratórias de longo prazo ou mesmo permanentes para as crianças, sobrecarregam os sistemas de saúde com internações e atendimentos ambulatoriais, também afetando os pais e cuidadores de várias formas, seja na saúde mental ou no mercado de trabalho. Estudos apontam que, em todo o mundo, o VSR pode estar ligado a 66 mil a 199 mil mortes de crianças com menos de 5 anos todo ano.

A recomendação é que a vacina seja aplicada entre a 24ª e a 36ª semana de gestação. Ela demonstrou eficácia de 81,8% para proteção bebê contra o VSR, do nascimento aos 3 meses de vida e de 69,4% até os 6 meses de idade.

Participação social

A incorporação dessa imunização é um grande passo para a Saúde no Brasil. E é uma vitória para todos que se empenharam em demonstrar os benefícios de disponibilizá-la para a população. Profissionais da saúde, pesquisadores, entidades científicas, gestores da Saúde, formadores de opinião e a sociedade civil organizada tiveram papel crucial nessa decisão.

A ONG Prematuridade.com orgulha-se de ter feito parte desse processo. Acompanhamos todo o trâmite de perto e, através do nosso site e das redes sociais, convocamos a população para participar da chamada e da consulta pública abertas pela Conitec.

Ainda não sabemos quando, de fato, a vacina estará nos postos de saúde. Seguiremos acompanhando os documentos técnicos publicados pelo Ministério da Saúde e divulgando as informações para a população em nossos canais.

O que diz a SBIm

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), parceira da ONG Prematuridade.com, traz as seguintes recomendações sobre essa vacina:

  • É recomendada para mulheres grávidas, com objetivo de proteger o bebê por meio da transferência dos anticorpos da mãe durante a gestação;
  • A SBIm recomenda como rotina entre 32 e 36 semanas de gestação, a qualquer momento, independente da sazonalidade;
  • No entanto, ela é licenciada pela ANVISA a partir da 24ª semana de gestação, fica a critério médico o uso antes das 32 semanas;
  • Não há indicação a partir da 36ª semana porque a estratégia só tem sucesso na prevenção de doença do trato respiratório inferior (DTRI) por VSR no recém-nascido caso a vacinação ocorra pelo menos 14 dias antes do parto. Além disso, já há dados que demonstram que quanto maior o intervalo entre a vacinação materna e o parto, maior é a eficácia;
  • Pode ser coadministrada com as outras vacinas de rotina da gestante;
  • Não há recomendação para revacinação em gestações subsequentes, mas a orientação poderá ser modificada quando mais informações sobre a duração da proteção estiverem disponíveis. 

* As informações acima foram extraídas do site da SBIm em 14/02/2025 e são sujeitas a alterações.

Prevenindo o VSR

Além da vacina, algumas atitudes simples também ajudam a prevenir a infecção pelo VSR, como por exemplo:

  • Lavar as mãos com frequência, principalmente antes de tocar no bebê
  • Usar máscara de proteção sempre que necessário
  • Usar álcool gel sempre que possível
  • Evitar contato com pessoas doentes
  • Manter objetos limpos
  • Evitar aglomerações e fumaça de cigarro
  • Para a saúde plena do seu pequeno, mantenha o calendário vacinal dele e de toda a família em dia.

Converse sempre com o pediatra e tire suas dúvidas!

Fontes consultadas: Conitec; Veja; SBIm

Texto atualizado em 14/02/2025 às 15h

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