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04.10.2019

Acompanhamento pré-natal e a redução da prematuridade

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, aproximadamente 10% dos bebês nascem antes do tempo e, desde os anos 90, as complicações associadas à prematuridade vêm ocupando o primeiro lugar nas causas de óbitos nos primeiros cinco anos de vida. O nascimento de bebês prematuros tem inúmeras causas: dentre elas chama-se atenção para a condição de saúde materna, como hipertensão, pré-eclâmpsia, eclâmpsia, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, diabetes e doenças infecciosas.

Pesquisas recentes destacam que o risco de prematuridade está diretamente ligado às condições de saúde da mãe e, por tanto, chamam atenção para necessidade do acompanhamento pré-natalde qualidade (GONZAGA et al, 2016; PORCIUNCULA et al, 2017). Desta forma, deve-se atentar para a qualidade do acompanhamento de saúde da gestante por meio das consultas de pré-natal. De acordo com o Ministério da Saúde, é primordial que as gestantes tenham acesso aos serviços de saúde, que estes forneçam consultas de pré-natal e realizem encaminhamentos e exames necessários para cada trimestre gestacional.

Nas consultas de pré-natal, além de acompanhar a saúde materna e fetal, o desenvolvimento gestacional e crescimento do bebê, objetiva-se ainda preparar a mulher e sua família para a maternidade e cuidados com o bebê. São realizadas orientações sobre higiene, nutrição, uso de medicações, atividade física, hábitos de vida e sexualidade (BRASIL, 2012). Pesquisadores que buscaram identificar a prevalência de prematuridade no estado do Rio Grande do Sul, por meio de dados disponíveis no DataSUS, encontraram que um dos fatores de proteção para diminuir o risco de parto prematuro foi a realização de mais de sete consultas de pré-natal com o profissional da saúde (SOUZA et al, 2019).

Portanto, destaca-se a importância do acesso aos serviços de saúde de qualidade e acompanhamento pré-natal durante todo período gestacional como fundamental na promoção da saúde materno-infantil e prevenção da prematuridade.

Referências consultadas
1 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção ao pré-natal de baixo risco/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2012.
2 Gonzaga, I.C.A. et al. Atenção pré-natal e fatores de risco associados à prematuridade e baixo peso ao nascer em capital do nordeste brasileiro. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 21, n. 6, p. 1965-1974, Jun 2016 .
3 Porciuncula, M.B. et al. Contexto da atenção pré-natal na prematuridade tardia Rev enferm UERJ, Rio de Janeiro, 2017; 25: e18040.
4 Souza, D.M.L. et al. Prevalência de prematuridade e fatores associados no estado do Rio Grande do Sul. Braz. J. Hea. Rev., Curitiba, v. 2, n. 5, p. 4052-4070 sep./out. 2019.

por Camila Neumaier Alves, enfermeira especialista em Cuidado Pré-natal e Conselheira Científica da ONG Prematuridade.com

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