Quando a mãe de um prematuro recebe alta e o bebê permanece na UTI, além da preocupação com a saúde do pequeno, ela tem que se preocupar com outros tantos detalhes que são parte de sua nova realidade. Um deles diz respeito à extração de leite materno fora do ambiente hospitalar. Tudo bem que os hospitais oferecem serviços de excelência em lactários e bancos de leite. Mas nem sempre é possível estar lá, presente o dia todo.
A necessidade de comprar ou alugar esgotadeiras (mecânicas ou elétricas) é uma realidade para muitas mães de prematuros. A maioria delas, entretanto acaba se adaptando melhor aos modelos mais caros... Bem, nesse quesito, os Estados Unidos já identificaram essa necessidade e saíram na frente, permitindo que os gastos com estes equipamentos sejam deduzidos do Imposto de Renda. Leia mais no post abaixo:
"A discussão já durava anos. De um lado, a Receita Federal dos Estados Unidos e, do outro, congressistas com o apoio de grupos de amamentação. O governo insistia que as bombas para extrair leite materno seriam equipamento de alimentação e, por isso, não fariam parte do grupo que recebe dedução fiscal. Agora, mães e grávidas podem comemorar. Concluiu-se que o acessório é um equipamento médico, portanto, serão dedutíveis, sim.
Espera-se que essa medida incentive as mães a amamentarem por mais tempo. Afinal, além dos benefícios para a saúde, o aleitamento também influencia a economia indiretamente: a longo prazo, bebês amamentados são mais saudáveis e, portanto, isso pode causar a diminuição de gastos com remédios, tratamentos e outros custos por causa de doenças.
"Globalmente, é uma pequena quantidade monetária, mas o importante é que o governo reconheceu o valor que a amamentação tem", comentou Ashley Boyd, diretor de campanha do MomsRising, uma organização com mais de 1 milhão de pessoas que defendem políticas favoráveis à família.
No Brasil, não existe proposta parecida. As mulheres que pretendem continuar amamentando depois de voltar ao trabalho - ou querem estocar leite por outra razão - têm de gastar, em média, 500 reais na compra de uma bomba elétrica ou até 190 reais em uma versão mecânica. Há também empresas que alugam esse tipo de equipamento pela internet, o que pode sair em torno de 80 reais ao mês nos modelos elétricos."