Vacinas e Imunizantes

Vacinas e imunizantes são meios seguros de prevenção ao VSR

A prevenção de infecções pelo VSR avançou muito nos últimos anos, com novas vacinas e imunizantes aprovados no Brasil e no mundo, especialmente para os grupos mais vulneráveis: bebês, gestantes e idosos.

Veja, abaixo, o que há de mais atual disponível no Brasil.

Imunizações por ciclos da vida

  • Bebês e crianças

    Nirsevimabe

    Desde maio de 2025, as operadoras de saúde estão obrigadas a cobrir a aplicação do Nirsevimabe, um anticorpo monoclonal que oferece proteção contra o VSR, para todos os prematuros. Se você tem plano de saúde, fale com o pediatra do bebê sobre como proceder.

    A previsão é de que o Nirsevimabe esteja disponível pelo SUS para todos os prematuros a partir de 2026.

    Assim como o Palivizumabe, o Nirsevimabe não é uma vacina, é uma imunização passiva, que protege bebês contra infecções respiratórias causadas pelo VSR, só que, diferentemente do Palivizumabe, o Nirsevimabe é aplicado em dose única. Há evidências científicas robustas de eficácia esegurança do seu uso, assim como o do Palivizumabe.

    Palivizumabe

    Até completarem um ano de vida, os prematuros que nascem antes de 29 semanas de gestação, além dos bebês com cardiopatias e doenças pulmonares crônicas, recebem, pelo SUS, cinco aplicações mensais do Palivizumabe, durante os meses de maior circulação do VSR, dependendo da região onde o bebê vive. Os planos de saúde devem cobrir a aplicação das doses do palivizumabe para esses grupos.

    No Distrito Federal, na Bahia, no Paraná, no Maranhão e na Paraíba, prematuros menores de 32 semanas têm direito a essas aplicações.

  • Gestantes

    Vacina materna

    A vacina materna contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) foi aprovada no Brasil pela Anvisa em janeiro de 2024 e, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), está recomendada para gestantes entre 32 e 36 semanas de gestação, com o objetivo de transferir anticorpos pela placenta e proteger o bebê nos primeiros 6 meses de vida, período de maior risco para bronquiolite e pneumonia graves. No momento, está disponível apenas na rede privada, mas já foi incorporada ao SUS, e a previsão do Ministério da Saúde é que comece a ser aplicada em gestantes já na segunda quinzena de novembro de 2025.

  • Idosos (≥60 anos)

    A vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para idosos também já foi aprovada no Brasil pela Anvisa em 2024 e está disponível atualmente apenas na rede privada. Indicada para pessoas a partir de 60 anos, ela estimula a produção de anticorpos capazes de reduzir o risco de infecções respiratórias graves, hospitalizações e complicações associadas ao VSR, como bronquiolite e pneumonia, que têm alto impacto nessa faixa etária. Assim como a versão materna, a vacina está em análise pelo Ministério da Saúde e pode futuramente ser incorporada ao SUS.

  • Adultos e crianças saudáveis

    Até o momento, não há imunização recomendada para crianças maiores ou adultos saudáveis. A prevenção nesses grupos depende de higiene, etiqueta respiratória e vacinação de quem convive com os mais vulneráveis.

Calendário Oficial

Calendários recomendados pela Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm)

Locais de aplicações

  • Unidades Básicas ou Postos de Saúde

    São os principais locais de vacinação, estão presentes em praticamente todos os municípios e oferecem as vacinas do calendário nacional de imunização do Programa Nacional de Imunizações (PNI) gratuitamente.

  • Centros de Saúde da Família e Policlínicas

    São parte da rede pública e atendem áreas com maior população, podendo funcionar em horários estendidos, dependendo da gestão municipal.

  • Hospitais e maternidades públicos

    Aplicam vacinas específicas, como as de recém-nascidos (ex.: BCG, hepatite B na sala de parto). Alguns hospitais de referência oferecem imunobiológicos especiais, como o palivizumabe.

  • Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE) 

    Os CRIE são unidades do SUS que atendem pessoas com condições clínicas específicas, como imunodeficiências, doenças crônicas graves, prematuridade, entre outras situações que exigem imunizações especiais ou em esquemas diferenciados. Além da aplicação, eles também realizam avaliação clínica, orientação individualizada e acompanhamento de pacientes que necessitam de proteção vacinal diferenciada. Disponibilizam imunobiológicos que não fazem parte da rotina das salas de vacina comuns e hoje somam cerca de 50 CRIEs distribuídos pelo país, com pelo menos um em cada estado, funcionando como referência para os serviços locais de saúde.

  • Pontos temporários (campanhas) 

    Campanhas nacionais do Ministério da Saúde, como gripe, COVID-19, poliomielite, geralmente montados em escolas, shoppings, rodoviárias, praças, unidades móveis, drive-thru etc.

  • Rede Privada

    As clínicas particulares de vacinação oferecem vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e também vacinas não disponíveis no SUS. Os custos variam, mas é uma alternativa para quem busca vacinas fora do calendário público.