05 de Abril de 2017

Bernardo: guerreiro e forte como um urso

"Tenho 3 filhos, sendo que os dois últimos são prematuros. Ganhei o Bernardo de 31 semanas, em julho de 2015, abaixo segue o relato dele de como foi a vivência dentro da UTI na visão da criança que passou por tudo. Engravidei novamente e tive o Lucca. Nesse momento, ele se encontra na UTI Neo, nasceu de 30 semanas, pesando 880 gramas, em dezembro de 2016. Ainda estamos lutando pela recuperação dele e espero em breve mandar outro relato contando a história dele. Se Deus quiser, já em casa conosco.

Ficaria muito feliz em ver a história do meu guerreiro Bernardo no site. Obrigado!

Bernardo: forte como um urso; guerreiro forte

No dia 28 de julho, cheguei ao mundo, pesando 1,085kg e medindo 34 cm. Minha mamãe teve pré-eclâmpsia e para salvar nossas vidas, a médica decidiu interromper a gravidez de 31 semanas. Quando nasci, não vi minha mãe, fui direto para a UTI Neonatal. A partir daí comecei a viver dentro de uma "barriga gigante", a incubadora. Mamãe ficou um dia na sala de recuperação, só conseguiu me visitar no dia seguinte. Quando me viu pela primeira vez chorou muito. Estar ligado a fios, aparelhos, com sonda e respirando com oxigênio foi assustador pra ela! Papai estava sempre ao seu lado dando força.

Fiquei 50 dias internado. Tive que aprender a crescer fora da barriga da minha mãe. Respirar foi o mais complicado, meu pulmão não estava formado, muitas vezes meus batimentos caíam, eu esquecia de respirar, vivia dando sustos. Exames, picadas, aspiração de tubo, alimentação pela sonda: essa era minha rotina, sempre com meus pais ao lado.

Quase três semanas depois, aprendi a respirar sozinho. A nova meta era ganhar peso, cheguei a pesar 1,020kg. Sou muito pequeno e canso fácil para mamar, teve dias que ganhei, estacionei e perdi peso. Era tudo devagar, o processo era lento.

Lembro que à noite, quando a mamãe ia embora, ela rezava segurando minha mão e deixava uma parte do seu coração comigo. Era muito difícil ir para casa e me deixar no hospital, ela foi muito forte. Vivemos um dia de cada vez, cada dia era uma vitória e saí campeão nessa batalha da vida, agora só tenho a agradecer!

Agradeço a Deus pelo milagre da minha vida.
Agradeço as técnicas, enfermeiras e pediatras da UTI Neo, pelo cuidado, paciência e carinho.
Agradeço meus pais e meu mano que lutaram junto comigo.
Minha mãe me chama de guerreiro, mas podem de me chamar de Bê.

(relato da mamãe Mariana, enviado em 2017)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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