20 de Dezembro de 2016

A força para viver de José Eduardo

"Minha gravidez foi daquelas que podem ser consideradas perfeitas! Nenhuma intercorrência, cada ultrassom ele estava mais esperto e saudável. Mas, às 36 semanas, sofri um trauma emocional muito grande e entrei em trabalho de parto.

O José Eduardo nasceu grande 2,7k e Apgar bom. Mas rapidamente tudo mudou, o pulmão dele não estava pronto e ele começou a ter dificuldades para respirar. Foi para UTI e para o tubo, e aí a nossa sina começou. Uma semana de antibiótico (1ª infecção) e entubado. Após 5 dias, ele começou a respirar sozinho e foi introduzido leite por sonda. Deixamos ele respirando sozinho e eu voltaria no dia seguinte pra tirar leite pra ele. Mas tudo mudou. Ao chegar no dia seguinte, vi meu filho novamente entubado, e, desta vez, em coma, num tratamento com óxido nítrico para tentar compensar o oxigênio que nem a máquina conseguia fornecer suficiente devido ao grau de comprometimento do pulmão. Além disso, seu corpinho estava resfriado também com a intenção de minimizar as sequelas.

Fui chamada para uma conversa com a médica que me explicou que ele havia sofrido uma bronquioaspiração e o leite tinha enchido os seus pulmões. As chances de sobrevivência eram de menos de 10%, e, caso ele sobrevivesse, haveria 99% de chances de graves sequelas, pois ele ficou com saturação insuficiente por 36 horas. Era véspera de Ano Novo, todos comemorando e eu e meu marido só fazíamos rezar e pedir proteção e saúde para o nosso anjinho.

Após a longa batalha, o Dudu mostrou uma recuperação incrível! Sobreviveu e, ao que tudo indicava, não havia sequelas, mas os exames de imagem ainda seriam realizados. Na espera dos exames, mais um susto: uma infecção hospitalar! Nesse dia eu desabei. Não que não tivesse desabado antes, mas dessa vez eram mais no mínimo 14 dias de UTI, isso se o antibiótico que eles estavam tentando fosse eficaz contra a bactéria. Mais dias de luta e, nesse entremeio, ele abandona o respirador de novo (não sem antes precisar de fisioterapia por causa de uma atelectasia).

Então, vem o dia tão esperado, a primeira vez que o peguei no colo. Pensem numa mãe emocionada, acho que molhei ele todinho com minhas lágrimas. E, sim, recebemos a notícia que o antibiótico era eficaz e, que, se tudo corresse bem, ele iria para casa tão logo terminasse o prazo do remédio. Ele seria ensinado a mamar, mas não precisou, ele amou o peito! E sim, mais uma notícia maravilhosa: exames normais, nenhuma sequela!

Depois de 32 dias, e de uma transfusão de sangue (ele estava anêmico), trouxemos o Dudu para casa. Ele sentou com 4 meses, andou com 9 meses e falou com 1 aninho. Hoje está com 2 anos e 9 meses, ativo (muito), inteligente, esperto e sapeca.

Meu milagre! Minha benção!"

(relato da mamãe Daniela, enviado em 2014)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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