De caráter sazonal, ele pode causar problemas graves principalmente em bebês prematuros e cardiopatas.
Talvez você nunca tenha ouvido falar sobre o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) mas, apesar de pouco falado, ele tem grande circulação no mundo todo e, com certeza, você já foi exposto a ele em algum momento da vida.
“O VSR atinge cerca de 100% das crianças até 2 anos de idade e pode ser assintomático, causar uma infecção superleve, com narizinho escorrendo e tosse discreta até casos mais graves que exigem internação”, explica Dr. Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Sazonal, a circulação do vírus varia de região para região do país. A região norte tem sua sazonalidade entre fevereiro a junho. O sudeste, nordeste e centro-oeste, entre março a julho e, a região sul, entre abril e agosto.
Como sabemos que a informação é requisito essencial na proteção da saúde do seu filho, conversamos com o médico para entender os sintomas, sazonalidade, formas de prevenção e outros aspectos sobre o vírus. Vamos lá?
“O VSR atinge cerca de 100% das crianças até 2 anos de idade e pode ser assintomático, causar uma infecção superleve, com narizinho escorrendo e tosse discreta até casos mais graves que exigem internação”, explica Dr. Renato Kfouri, infectologista e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Sazonal, a circulação do vírus varia de região para região do país. A região norte tem sua sazonalidade entre fevereiro a junho. O sudeste, nordeste e centro-oeste, entre março a julho e, a região sul, entre abril e agosto.
Como sabemos que a informação é requisito essencial na proteção da saúde do seu filho, conversamos com o médico para entender os sintomas, sazonalidade, formas de prevenção e outros aspectos sobre o vírus. Vamos lá?
O que é o VSR?
Renato Kfouri: Esta é a abreviatura para Vírus Sincicial Respiratório, que já foi descrito há algumas décadas como o causador de coriza em macacos. De lá para cá ele foi isolado e sequenciado até que se percebeu que esse mesmo vírus provocava resfriados e quadros virais também em humanos. Através desses estudos epidemiológicos de identificação viral foi possível reconhecer o VSR como o principal agente causador das doenças respiratórias que acometem os bronquíolos (o que chamamos de infecção respiratória baixa, que atinge não apenas o nariz, mas também os pulmões) em bebês de até dois anos de idade.
Quais os sintomas?
Renato Kfouri: Como o VSR é muito frequente – ele vai acometer praticamente todos os bebês nos primeiros dois anos de vida - você pode ter desde formas assintomáticas leves até casos mais graves, com insuficiência respiratória e síndrome respiratória aguda, levando à hospitalização. O quadro mais típico é a bronquiolite, quando o vírus atinge os bronquíolos, na parte final dos brônquios, inflama e dificulta a entrada de ar. Há um esforço respiratório muito grande acompanhado de cansaço.
O quadro sintomático depende, no entanto, do número de exposições prévias que a pessoa teve. É que, ao contrário da caxumba, sarampo e catapora, que só desenvolvemos uma vez na vida, a imunidade conferida pela infecção por VSR não é duradoura e podemos ser reinfectados por esse vírus por diversas vezes. Assim, geralmente na primo-infecção (na primeira exposição ao vírus, ainda bebê), a chance de ser grave é maior. Na segunda um pouco menos, e assim por diante, até que nós, adultos, provavelmente apresentaremos um quadro semelhante ao resfriado comum. Porém a infecção pelo VSR volta a exigir mais atenção no idoso, quando a imunidade cai.
Quais as formas de transmissão?
Renato Kfouri: o Vírus Sincicial Respiratório pode ser transmitido tanto através de aerossóis emitidos a partir de pessoas infectadas ou por contato com superfícies e objetos contaminados. De qualquer forma, a infecção acontece quando o vírus atinge a boca, nariz ou olhos, ou quando ocorre a inalação de gotículas derivadas da tosse ou espirro.
Quem faz parte do grupo de risco?
Renato Kfouri: Quando você olha para a enfermaria do hospital, a maioria dos bebês com bronquiolite não tem nenhum fator de risco. Mas, quando se analisa proporcionalmente, em termos de incidência, as crianças prematuras, portadoras de doenças cardíacas congênitas ou pulmonares e as imunocomprometidas têm um risco maior até completarem dois anos.
Quais as formas de prevenção?
Renato Kfouri: Assim como em todas as doenças respiratórias, a prevenção passa pelos seguintes cuidados: evitar expor a criança a aglomerações e à fumaça de cigarro, manter o ambiente arejado e ventilado, lavar frequentemente as mãos, usar máscara perto do bebê e seguir com o aleitamento materno, sempre que possível (no caso dos prematuros que passam muito tempo internados sabemos que nem sempre a mãe consegue amamentar). Vale, ainda, adiar a ida para a creche.
Fonte: Revista Crescer