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19.04.2011

Tristeza, medo, culpa? Os sentimentos das mães prematuras


     "Um estudo realizado com 20 mães de bebês prematuros com idade gestacional entre 31 e 36 semanas, objetivou conhecer os sentimentos dessas mães com bebês internados em UTI Neonatal.
     A questão norteadora do estudo foi: como você se sente tendo seu filho internado?
     Os pesquisadores constataram que os sentimentos das mães dos recém-nascidos prematuros são ambíguos, pois manifestam tristeza, culpa, medo, ao mesmo tempo em que são confiantes, manifestando fé e esperança em relação ao bebê.

     A tristeza, o sentimento mais evidente, é tida como uma reação normal e saudável a qualquer acontecimento ruim, sendo em grande parte provocada por uma sensação de mágoa, aflição ou mesmo de perda.


     Segundo o renomado autor Brazelton “emocionalmente, qualquer mãe poderá culpar-se por qualquer doença, por prematuridade, por manchas de nascença ou por qualquer defeito que possa aparecer no bebê”, e, durante a gestação, estas preocupações são comuns e esgotam os futuros pais.
     No caso de bebês prematuros, quando os pais sentem-se responsáveis pela prematuridade do filho, confirmam-se seus temores fantasiosos de não serem capazes de serem pais, fazendo-os vivenciar sentimentos de culpa.
     Cabe salientar que as mães e seus recém nascidos precisam receber cuidados. É necessário proporcionar a livre expressão de seus sentimentos para que se possa entendê-las.


     A equipe da UTI Neonatal precisa ter consciência do impacto causado nos pais pela doença e hospitalização do bebê, permitindo-lhes partilhar de seus sentimentos durante a hospitalização.


     O ambiente hospitalar é estranho para os pais que vivenciam a internação de seu filho. Pais e familiares necessitam receber cuidado neste período e cabe à equipe de enfermagem proporcionar livre expressão dos seus sentimentos, assim, aliviando as sensações dolorosas em relação ao seu bebê, fortalecendo o vinculo entre o binômio mãe e filho, buscando entender melhor a dinâmica do afeto e respeitar as diversidades que possam surgir dos indivíduos.


     Os autores do estudo reforçam ainda a necessidade de outras pesquisas nesta mesma linha de pensamento, aprofundando o conhecimento e descobrindo novas estratégias de aprimoramento no atendimento pela equipe de saúde."

Fonte: Fraga ITG, Pedro ENR. Sentimentos das mães de recém-nascidos prematuros: implicações para a enfermagem. Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre (RS) 2004 abr;25(1):89-97.


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