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12.04.2011

Tratamento reduz partos prematuros e complicações respiratórias do recém-nascido


     Pesquisadores americanos anunciaram nesta semana um tratamento para gravidez de alto risco com progesterona que reduz em 45% os partos prematuros e ajuda a diminuir os riscos de complicações respiratórias nos recém-nascidos.


     Trata-se de um gel vaginal que aumenta a esperança de descoberta de uma forma simples de evitar partos prematuros em mulheres com encurtamento do canal cervical.


     Mais de 12 milhões de bebês em todo o mundo nascem prematuramente a cada ano. "Nosso estudo mostra que é possível identificar mulheres em risco e reduzir os casos de parto prematuro quase pela metade, simplesmente tratando o problema de encurtamento do canal cervical com um hormônio natural – a progesterona”, afima Roberto Romero, chefe do departamento de pesquisas de perinatologia do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos.

     Nos Estados Unidos, um total de 12,8% dos partos ocorridos em 2008 foi prematuro, aumentando o risco de morte no primeiro ano de vida do bebê, que também pode apresentar dificuldades respiratórias, paralisia cerebral, deficiência de aprendizado, cegueira e surdez.



Gel hormonal

     As descobertas serão usadas para servir de apoio no pedido de aprovação nos Estados Unidos do gel hormonal Prochieve, fabricado pelas duas empresas, que deve ocorrer no segundo trimestre deste ano.

     No estudo, pesquisadores da instituição de saúde americana e de 44 centros médicos em todo o mundo analisaram os efeitos do tratamento à base de progesterona em mulheres com encurtamento do canal cervical, parte do útero onde ocorrem as contrações durante o trabalho de parto.

     Pesquisadores suspeitam que as mulheres que sofrem deste problema talvez tenham uma deficiência do hormônio, que administrado em forma de gel durante a gravidez pode ajudar a prolongar a gestação.

     A equipe de pesquisa analisou 458 mulheres com encurtamento do canal cervical. Dividas em dois grupos, elas receberam o gel vaginal à base de progesterona ou um gel placebo entre a décima nona e vigésima terceira semana de gestação.

     Apenas 8,9% das mulheres que receberam o gel deram à luz antes de 33 semanas de gestação, em comparação aos 16,1% das mulheres no grupo placebo. O tratamento também foi benéfico aos bebês. Apenas 3% dos bebês de mulheres tratadas com progesterona apresentaram síndrome da angústia respiratória, em comparação aos 7,6% do grupo placebo.


     “Há muito tempo já sabemos que o encurtamento do canal cervical está relacionado a um risco maior de parto prematuro”, afirma Ashley Roman. Segundo Roman, estudos já haviam mostrado que a progesterona pode reduzir o risco de parto prematuro em mulheres com encurtamento cervical. Ela considera o novo estudo importante por mostrar que o tratamento também reduz os riscos de problemas respiratórios nos recém-nascidos. “Além de uma redução nos casos de partos prematuros, observamos também uma diminuição de problemas de saúde relacionados à prematuridade”.



Fonte: Midia News (11/04/2011)

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