Notícia original publicada em 11 de maio de 2014.

O presente do Dia das Mães da terapeuta ocupacional Adriana Cardoso Rodrigues, de 29 anos, chegou cedo este ano - muito antes do previsto. Em fevereiro, após cinco meses de gestação, Adriana deu à luz seu segundo filho, que segue em recuperação em uma maternidade de Jacareí,  onde os dois passaram este domingo (11).

[caption id="attachment_13830" align="aligncenter" width="620" caption="Após nascimento prematuro, Gabriel segue se recuperando em hospital de Jacareí. (Foto: Daniel Corrá/G1)"][/caption]

Gabriel nasceu no dia 28 de fevereiro e é o bebê mais prematuro já nascido no Hospital São Francisco de Assis. O nenê, que agora pesa 1,490 kg e tem 39 centímetros, ainda demonstra fragilidade e inspira o dobro de cuidados pela mãe, que chegou a desacreditar na sobrevivência do filho.

Por coincidência, ela realizava terapia com bebês prematuros justamente na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal em que o filho está internado. Ao entrar em trabalho de parto de maneira inesperada, Adriana se viu no lugar das pacientes que atendia. “Fiquei quatro dias internada antes dele nascer e nesse tempo me preparei para ‘perder’ ele. Como sou da área já sabia dos riscos e fiquei preocupada”, diz.

Ao nascer, o bebê não respirava e foi reanimado pela equipe médica. Ganhou vida e trouxe esperança para Adriana. Segundo ela, a gravidez não era considerada de risco e os médicos ainda não sabem explicar o que causou o nascimento prematuro. “Quando ele começou a ficar bem já me surpreendeu, pelo fato de ser um bebê tão pequeno”, conta.

Rotina

[caption id="attachment_13831" align="alignleft" width="300" caption="Mãe e filho passarão Dia das Mães em hospital. (Foto: Daniel Corrá/G1)"][/caption]

Desde então, Adriana passa a maior parte do seu dia no hospital. Ela vai em média duas vezes por dia à maternidade neonatal para amamentar e acompanhar o crescimento de Gabriel. “No carnaval achei que não teria ele no Dia das Mães, mas agora com certeza será um dia maravilhoso e diferente”, afirma. Após o susto do parto, ela encomendou todo enxoval do bebê adaptado para a UTI, deixando o espaço do filho decorado.

Segundo ela, a insegurança nos últimos meses contribuiu para melhorar seu papel de mãe. “Me mudou como mulher e como mãe. A grande lição disso tudo é a esperança. Tem sido uma experiência de fé”, disse.

Gabriel tem se desenvolvido bem e deve receber alta em junho. Enquanto isso, Adriana aguarda ansiosa para seu novo 'presente' voltar para casa. “Mantenho a esperança para que ele tenha um desenvolvimento normal, possa enxergar e ouvir normalmente. Ele já teve um segundo nascimento e vai ter muitos ainda”.

(*) Colaborou: Daniel Corrá

Fonte: G1