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26.08.2015

Prematuro que nasceu com 405 gramas surpreende pela recuperação


Notícia original publicada em 25 de agosto de 2015.

Por Leandro Junges

[caption id="attachment_16054" align="alignleft" width="225"]José Pedro nasceu com 405 gramas e 27 centímetros. (Foto: Arquivo Pessoal) José Pedro nasceu com 405 gramas e 27 centímetros. (Foto: Arquivo Pessoal)[/caption]

Surpreender tem sido a rotina de José Pedro. Com apenas três meses e 20 dias de vida, o menino já faz história. José Pedro nasceu com 405 gramas e 27 centímetros, o que os médicos consideram um nascimento prematuro de altíssimo risco de morte. A primeira surpresa foi para a família, que mora em Rio Negrinho, no Planalto Norte. No começo de maio, a mãe de José Pedro, Saiana, completava 25 semanas de gestação e foi durante a comemoração do aniversário dela e o de casamento que o bebê nasceu.

— Foi uma correria. A gente sabia que havia problemas na gravidez, os médicos estavam acompanhando, mas não imaginávamos que seria no nosso aniversário. Ele nasceu muito frágil e debilitado, mas com muita vontade de viver — diz o pai, George Francisco de Castilho.

Uma gestação normal leva de 37 a 42 semanas para ser completada. Os bebês nascidos antes disso são considerados prematuros. E os que nascem com 23 a 25 semanas têm uma taxa de sobrevivência que varia entre 15% e 40%, dependendo da região do País.

O nascimento de José Pedro, em maio, determinava o começo de uma árdua luta pela vida. E foi a partir daí que ele surpreendeu aos pais e à toda equipe médica do Hospital Dona Helena, onde está internado desde o nascimento, na unidade de terapia intensiva (UTI).

Ser prematuro não é só uma questão de tamanho e peso. A expressão tem tudo a ver com a condição dos órgãos internos, que não estão "maduros" ou completamente formados, como é o caso dos pulmões. Há também a possibilidade de hemorragia cerebral e o aparelho digestivo não tolera receber alimentação porque não há reflexos para sucção ou deglutição. Ou seja, a vida de José Pedro dependia — além dos cuidados médicos liderados pelo pediatra Kalil Auache e dos medicamentos e alimentos dosados — da própria vontade de viver.

— O quadro era gravíssimo. A gente considera uma grande vitória, dele e dos médicos — diz George.

A terceira surpresa chegou nesta semana. Com quase dois quilos de peso e medindo 35 centímetros, o pequeno José Pedro terá a companhia da mãe, que está internada com ele para amamentá-lo e oferecer o calor humano necessário para o seu desenvolvimento. O aniversário de quatro meses será comemorado no hospital, e com muitos cuidados no começo da fase de amamentação. Tubos de oxigênio e aparelhos ainda são necessários para o seu pleno desenvolvimento.

— Ainda temos uma caminhada longa pela frente, mas o nosso pequeno já mostrou ser um herói, batalhando e vencendo cada desafio que passou, e que não foram poucos — reforça o pai.

Casos como o de José Pedro são raros. No ano passado, a pequena Isis de Oliveira nasceu com 25 semanas de gestação e 400 gramas, no Hospital e Maternidade Jaraguá. Ela também lutou bravamente pela vida e recebeu alta quatro meses depois, com pouco mais de dois quilos e sem qualquer sequela.

Fonte: Diário Catarinense

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