Notícia original publicada em 25 de setembro de 2014.
por Maurício Reolon
[caption id="attachment_15047" align="alignright" width="300"] Guilherme recebeu autógrafo da campeã olímpica Maurren Maggi. (Foto: Jonas Ramos/Agencia RBS)[/caption]
Com olhos arregalados e um sorriso aberto, Guilherme Foppa parecia não acreditar. Era difícil dele saber, mas quem estava ao seu lado, brincando e ensinando alguns movimentos durante a oficina de ginástica era Maurren Maggi.
No ano em que a atleta foi campeã olímpica, em 2008, ele nasceu, prematuro de seis meses. A falta de oxigênio atingiu diretamente os membros inferiores e desde então o garoto não consegue andar.
Só que se engana quem pensa que ele está preso a cadeira de rodas. A situação dele ainda é reversível, mas depende de uma cirurgia. Enquanto isso, Guilherme não tira o sorriso do rosto, e esbanja alegria e inteligência. Conversa com todos e se diz muito feliz por estar praticando ali, praticando um esporte.
— O que eu mais gosto é de futebol — sentencia.
Maurren ficou sensibilizada com a história de Guilherme. Acompanhou os pais Cristiano e Keli em muitos momentos das atividades. E o menino fez questão de passar por todas modalidades no evento promovido pelo COB nas Ruas, em Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Brincou de derrubar o professor no judô, arremessou a bola e andou passo a passo em cima da trave na ginástica. Pouco importava se ele precisava de alguma ajuda.
— A gente tenta incentivar bastante. Ele está numa fase que quer caminhar, ir para todo lado e conversamos muito com ele. Na escola, todos tem o instinto de querer ajudar — diz a mãe.
Quase duas horas depois, Guilherme foi com sua cadeira de rodas até a mesa onde Maurren autografava. Recebeu um abraço carinhoso e deixou o ginásio olhando o papel que tinha em mãos. Um incentivo a mais para continuar com o sorriso no rosto.
Fonte: Diário Gaúcho e Jornal Pioneiro