07 de Agosto de 2024

Pequena Guerreira

No quinto mês de gravidez, minha pressão começou a aumentar e não voltou ao normal. Em 03 de março de 1992, durante o Carnaval, fui para a Maternidade em Goiânia-Goiás. Após esperar muito, minha ginecologista finalmente chegou, examinou-me e pediu que meu marido assinasse um termo para ela realizar todos os procedimentos necessários para salvar a mim e nosso bebê, cujo sexo ainda não sabíamos. Fui internada imediatamente, permanecendo sete dias em repouso absoluto, sem poder sequer levantar para ir ao banheiro. Vários exames foram feitos por diferentes médicos de diversas áreas, até que, em 09 de março de 1992, a Dra. informou que faria uma cesariana no dia seguinte. Ficamos muito abalados, sem saber que um bebê de seis meses poderia sobreviver, mas Kamila veio ao mundo pesando 1,120kg, chorando ao nascer. Foi levada para a UTI Neonatal em outro hospital e precisou ficar lá por 58 dias, sem intubação ou procedimentos invasivos. Lutou como uma verdadeira guerreira. Por não ter leite, eu corria atrás de outras mães para conseguir leite materno, já que não havia banco de leite na época.

Atualmente, aos 32 anos, Kamila é uma jornalista formada, com dois mestrados, prestes a assumir um cargo público na UEG, em Anápolis. A única sequela que ela possui é uma cicatriz no olho esquerdo, devido à falta de proteção na incubadora, o que resultou em baixa visão e um leve estrabismo, corrigido com o uso de óculos desde os dois anos. Mas diante de tudo o que passamos juntas, isso é insignificante. Kamila é, sem dúvidas, uma verdadeira guerreira. Na foto em que ela estava saindo do hospital, pesava 1,720kg; e na outra foto, está comigo, seu neto e sobrinho, que acabou de completar um ano.

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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