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26.05.2022

Parto prematuro: por que ocorre e como prevenir

ONG Prematuridade.com alerta para a questão, que é a principal causa de mortalidade infantil antes dos 5 anos.

O caso de uma bebê, em Cingapura, que recebeu alta em agosto, após 13 meses na UTI ao nascer prematura com apenas 212g e 24 cm, chamou a atenção do mundo. A mãe deu à luz com pouco menos de 25 semanas, quando o tempo regular da gestação é de 40 semanas. Segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), em todo o mundo, cerca de 15
milhões de crianças nascem prematuras por ano, dos quais 1 milhão não sobrevivem. O Brasil é o 10º país no ranking global de partos prematuros, os quais ocasionam 10 vezes mais óbitos de crianças do que o câncer. Os últimos dados do Sinasc (Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos), de 2019, informam que, naquele ano, 315.831 bebês nasceram antes de 37 semanas, ou seja, pré-termo, o que representa 11% do total de nascimentos no país.

Mas por que o parto prematuro acontece? É possível prevenir? “São diversos os fatores associados ao nascimento de prematuros. Podemos citar desde a prematuridade espontânea,
relacionada ao trabalho de parto antes do termo e não inibido, como as roturas da bolsa amniótica, responsável por 30% dos partos prematuros, além das complicações da saúde
materna - hipertensão, diabetes, trombofilias, entre outras, que podem levar à necessidade de um parto prematuro dentro dos cuidados com os agravos maternos”, explica o ginecologista, obstetra e membro do Conselho Científico da ONG Prematuridade.com, Adriano Paião dos Santos.

A prematuridade, portanto, se associa às patologias e comportamentos que podem ser previamente controlados na mãe, como hipertensão, que exige acompanhamento médico
intensivo; e diabetes gestacional, causada pelo aumento do nível de glicose no sangue durante a gravidez e a qual uma dieta balanceada e exercícios físicos orientados são essenciais para o controle da questão. “Fumo, álcool, drogas, estresse, obesidade, desnutrição e baixo peso são outros fatores que contribuem para o parto prematuro”, lista o especialista. “Porém, o principal fator associado à prematuridade espontânea é a história de um bebê anterior, já prematuro”, salienta.

Sintomas como contrações a cada 10 minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais, cólica abdominal com ou sem diarreia podem
ser sinais de trabalho de parto. “A qualquer um desses sinais, a gestante deve ligar imediatamente para o médico que a atende ou ir direto ao hospital mais próximo. Quanto antes o atendimento se inicia, maior a chance de prevenção da prematuridade”, fala o médico. Adriano lembra, ainda, da importância da realização do pré-natal, com no mínimo seis
consultas com o médico especialista. Durante o acompanhamento, são feitos exames trimestrais, para saber o estado de saúde da mãe e do bebê. Caso haja alteração, a gestante já recebe tratamento.

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