Os bebês prematuros, por nascerem antes do tempo, são muito mais frágeis e vulneráveis. Cada detalhe do cuidado faz diferença, especialmente dentro da UTI Neonatal, onde a atenção precisa ser redobrada. Entre os pontos mais importantes está a segurança medicamentosa – ou seja, garantir que os medicamentos oferecidos a esses pequenos pacientes sejam seguros, estáveis e eficazes.
A Resolução nº 67/2007 da Anvisa, que trata das boas práticas de manipulação em farmácias, é clara: quando existe no mercado um medicamento industrializado (seja de referência, genérico ou similar), ele deve ser utilizado em vez da versão manipulada. Isso porque os medicamentos industrializados passam por um rigoroso processo de aprovação, incluindo testes de bioequivalência, estabilidade e qualidade, que garantem maior segurança ao paciente.
Na prática, no entanto, muitos hospitais públicos e privados ainda optam por adquirir medicamentos manipulados, mesmo quando a versão industrializada já está disponível. Essa escolha expõe os bebês prematuros a riscos que poderiam ser evitados. Entre os principais riscos do uso de manipulados estão:
- Erros de dosagem e concentração, que podem tornar o medicamento ineficaz ou, ao contrário, causar toxicidade. Em bebês que pesam menos de 1kg, pequenas variações podem ser fatais
- Contaminação microbiológica, que pode levar a quadros de sepse – uma infecção grave, muitas vezes fatal em recém-nascidos prematuros.
- Instabilidade da fórmula e validade reduzida, que comprometem a eficácia do tratamento.
- Ausência de testes de qualidade e riscos de erros de preparo e rotulagem, que aumentam ainda mais a insegurança.
Somados à própria condição do bebê prematuro – com órgãos ainda imaturos e margens terapêuticas muito estreitas –, esses fatores tornam qualquer falha potencialmente grave.
Por isso, é fundamental levar esse tema para o debate com gestores de hospitais, equipes de farmácia, setores de compras e também com as famílias. A segurança do paciente neonatal está diretamente ligada à qualidade dos medicamentos administrados. E quando se opta por um medicamento industrializado, devidamente registrado e testado, estamos oferecendo a esses bebês a chance de um cuidado mais seguro.
Na ONG Prematuridade.com, acreditamos que cada vida prematura merece o melhor cuidado possível. Trabalhamos para que as decisões em saúde priorizem sempre a segurança e a proteção desses pequenos guerreiros. Falar sobre segurança medicamentosa é falar sobre salvar vidas – e é por isso que continuaremos lutando para que esse direito seja garantido.
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