Está programado para o dia 16 de setembro, no centro de exposições São Paulo Expo, dentro da feira 5º Salão Internacional Gospel, um dos maiores Encontros de Mães e Pais de UTI do Brasil. A ideia partiu da jornalista e organizadora da feira, Luciana Mazza, que teve uma história de prematuridade em casa com sua filha Chaya Gabor, que foi prematura extrema.
O encontro tem o apoio da Associação Brasileira de Pais de Bebês Prematuros, que hoje está ligada as mais importantes organizações internacionais dedicadas à causa, como a americana March of Dimes e a EFCNI – Fundação Europeia para o Cuidado dos Recém-Nascidos. Representa o Brasil na Rede Mundial de Prematuridade - World Prematurity Network, uma rede global de organizações em prol dos prematuros e também é membro da Rede Nacional Primeira Infância (RNPI) e da iniciativa da Organização Mundial da Saúde para a saúde materno-infantil, a "The Partnership for Maternal, Newborn and Child Health".
A feira pretende reunir palestrantes como Aline Hennemann, vice-diretora executiva da associação, Luzineide de Jesus, mãe do Joãozinho, Cristiane Araujo, mãe do Isaac, Fernando Guifer, pai da Lais, que além de relatar suas experiências pretendem abordar os seguintes temas: Prematuridade no Brasil, características dos bebês prematuros, ser pais de bebês prematuros e direitos dos prematuros.
Para quem desconhece, a prematuridade se torna a cada dia um problema mais comum e presente nas famílias brasileiras. A taxa de prematuridade é de 11,5%, quase o dobro do percentual registrado em países europeus. Mas não é só isso: os casos em que o nascimento se antecipa por intervenções médicas, como a indução do parto, representam 41% do total. Esses são alguns dos principais números da pesquisa Nascer no Brasil: inquérito nacional sobre parto e nascimento, realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz). Os resultados foram baseados em entrevistas realizadas com 23.894 mulheres de 191 municípios espalhados pelo país. Do total de nascimentos prematuros, 90% ocorreu por cesárea não precedida por trabalho de parto. Em países desenvolvidos, essa taxa é de 30%.
“A prematuridade se constitui no maior fator de risco para o recém-nascido adoecer e morrer não apenas imediatamente após o nascimento, mas também durante a infância e na vida adulta. Os prejuízos extrapolam o campo da saúde física e atinge as dimensões cognitivas e comportamentais, tornando esse problema um dos maiores desafios para a Saúde Pública contemporânea", declarou recentemente numa entrevista a coordenadora do estudo, a pesquisadora Maria do Carmo Leal. De acordo com um outro estudo publicado em 2013, a prematuridade é a maior causa de morte infantil no mundo.
O Encontro de Mães e Pais de UTI acontece às 14h e promete ser um dos grandes momentos da feira. Para participar, as inscrições são gratuitas, porém, as vagas são limitadas, os interessados devem entrar em contato através do e-mail mr1assessoriadeimprensa@gmail.com.
Fonte: UOL (notícia original publicada em 20/08/17)
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