O Ministério da Saúde anunciou, em junho de 2025, que o implante contraceptivo hormonal Implanon será disponibilizado gratuitamente nas unidades básicas de saúde (UBSs) do país a partir do segundo semestre deste ano. A informação foi divulgada pela CNN Brasil e representa um marco no acesso a métodos contraceptivos modernos no Brasil. Com um investimento previsto de R$ 245 milhões, o governo federal prevê a aquisição de 1,8 milhão de implantes, sendo 500 mil ainda em 2025.
Além de ser um método altamente eficaz — com ação contínua por até três anos — o Implanon tem impacto direto sobre a saúde reprodutiva das mulheres e a redução de gestações não planejadas, especialmente entre adolescentes. Segundo especialistas e dados do Ministério da Saúde, a gravidez na adolescência é um importante fator de risco para o nascimento prematuro, além de estar associada a situações de vulnerabilidade social e dificuldades de acesso a cuidados adequados no pré-natal.
Por isso, a incorporação do Implanon pelo SUS é também uma conquista importante para o enfrentamento da prematuridade no Brasil. Ao oferecer mais uma opção contraceptiva segura, de longa duração e com menor dependência da adesão contínua, a medida contribui para reduzir o número de gestações precoces, o que pode refletir positivamente nas taxas de nascimentos prematuros no país.
A ONG Prematuridade.com acompanhou com atenção todo o processo de avaliação do Implanon pelo sistema público de saúde, participando ativamente da disseminação de informações sobre as chamadas e consultas públicas promovidas pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS). Como organização comprometida com a prevenção do parto prematuro e a promoção da saúde materna e neonatal, a ONG reconhece essa decisão como uma vitória para a saúde pública e para a autonomia das mulheres brasileiras.
A expectativa é que a medida contribua não apenas para o planejamento reprodutivo e familiar, mas também para a redução da prematuridade e da mortalidade materna e neonatal, reforçando a importância de políticas públicas integradas e baseadas em evidências.