08 de Outubro de 2017

Minha benção chamada Laura Beatriz

"Saudações!

Sobre o meu relato de ser mãe de uma prematura, deixo aqui o meu recado: Deus é tremendo e perfeito em tudo que faz! Bom, minha gravidez não foi esperada. Tomei um baita susto quando descobri, até porque tenho síndrome de ovários policísticos. Tive uma gravidez muito complicada, do começo ao fim, confesso que nunca vi uma gravidez assim. Foram enjôos terríveis, internações devido a infecções urinárias frequentes, várias idas a maternidade por dores, contrações com apenas 26 semanas de gestação e outros inúmeros acontecimentos.

Enfim, no feriado de Carnaval desse ano comecei com várias dores, mas dores diferentes das habituais. Senti que o meu momento e da Laura estava chegando. Tive minha consulta de rotina no dia 2 de março e meu obstetra pediu internamento imediato por eu estar com dilatação, de apenas 34 semanas. Lembro que sai do consultório aos prantos, não estava preparada! O chá de fraldas era no sábado dia 4 e meu pensamento era apenas que minha filha ficaria em uma UTI Neonatal por questão do amadurecimento dos pulmões, peso e outras coisas que vinham na minha cabeça. Fui internada e meu quadro evoluiu devido a bolsa rota

Laura nasceu no dia 3 de março, às 7h48, de parto normal com 2,155kg e 45 cm. Tive apenas 5 segundos de felicidade em que vi o rosto da minha filha e peguei no colo. A partir daí, foi diretamente para a UTI Neonatal. Laura nasceu perfeita, Apgar alto, porém devido aos meus problemas com infecção urinária, segundo o médico responsável pela UTI foi esse o motivo do seu nascimento prematuro, nos deram prazo de alta de 30 dias.

Ela precisou tomar antibiótico durante 7 dias, porém a infecção continuava. Foi trocado o antibiótico e permaneceu por mais 7 dias com a nova medicação. Via ela apenas pela incubadora. Quem é mãe de prematuro sabe de todos os protocolos, picadas, exames, manobras e entubações que alguns pequenos precisam passar. Em um dia de visita, eu e meu marido ficamos apavorados ao ver a Laura com um dos lados da cabeça raspada. Ficamos desesperados atrás do médico responsável e a explicação era que, devido a veias já estarem estouradas, foi necessário fazer punção na cabeça. Graças a Deus, nada demais, mas me doeu muito e chorei muito aquele dia quando vi ela naquela situação!

Após a recuperação da infecção, ela foi para o leito. Foi o momento mais marcante depois de ter pego ela apenas quando nasceu. Pude tocá-la e pegá-la, porém nesse intervalo tive hemorragia pós-parto. Passei por curetagem e acabou afetando na amamentação, meu leite secou. Laura se alimenta apenas de fórmula. Sofri muito quando tudo isso aconteceu, mas para honra e glória de Deus nada é em vão. Tinha muita fé que receberia meu presentão de aniversário, que era ter ela comigo em casa.

Um dia antes do meu aniversário, 23 de março, eu de repouso após a curetagem, recebi a ligação do hospital que ela estava de alta. Meu coração transbordava de alegria. Minha maior preocupação era seu desenvolvimento, mas ela está cada dia mais linda, inteligente e o melhor de tudo saudável! Agradeço a Deus todos os dias por ter essa benção na minha vida."

(relato da mamãe Gieylen, enviado em 2017)

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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