13 de Dezembro de 2013

Gregory, o pequeno lutador

“Quando resolvi engravidar, a ansiedade foi grande. Esperei por quase 2 anos, até que, enfim, estava grávida. Felicidade imensa! No 5° mês de gestação, descobri que estava com a pressão alta. Fiz uso do remédio Aldomet e, por fim, ao 6° mês, já estava na última dosagem e no grupo de risco da pré-eclâmpsia. Passei, então, a consultar o médico toda semana. Fiz repouso e segui todas as recomendações médicas, porém não foi o suficiente.

Quando fui em uma consulta de rotina, o médico pediu um ultrassom. O mesmo que fez o exame ficou assustado, pois o bebê estava centralizado, além de estar com 31 semanas de idade e peso de 28 semanas. Ele me orientou a procurar uma maternidade rapidamente. Entrei em contato com o meu médico e falei o resultado do exame. Ele falou para que eu fosse para uma maternidade realmente, porém, na maternidade, ao fazerem o tratamento de anemia, tomei 10 doses de Noripurum.

Ao retornar ao meu médico 10 dias depois, ele ficou assustado por me ver ainda "com a barriga", e me falou que o bebê já deveria ter nascido de acordo com o resultado do ultrassom. Ele desenhou o que estava acontecendo ao dizer que o bebê estava degradando oxigênio dos membros inferiores para suprir o coração e o cérebro, e que ele queria outro ultrassom para ver se o bebê ainda estava bem. Eu o senti aflito.

Consegui fazer o ultra em seguida e lá estava o meu guerreiro, nas últimas, sobrevivente e lutando pela vida! Quando retornei com o resultado naquele mesmo dia, o meu médico me encaminhou com carta para a maternidade e falou que o meu filho estava em sofrimento fetal desde a ligação que eu fiz para ele, ou seja, desde o dia do último ultrassom. Fui imediatamente para a maternidade. Consegui tomar as 3 doses do corticóide, fiquei monitorada e fiz ultrassom nos 2 dias seguidos de internação para ver se o bebê ainda aguentava, pois o cordão umbilical já havia se fechado e não alimentava mais a placenta com oxigênio. Segundo o médico, a minha placenta estava em caráter de um fusca bem velhinho! Por fim, fizeram a cesária e o bebê nasceu com 1,400 kg, sendo que no dia seguinte estava somente com 1,100 kg. Ficou somente no cateter de oxigênio e teve icterícia.

Quando recebi alta daquele lugar, senti uma desilusão terrível, pois eu não queria vir para casa sem o meu bebê. Foi uma dor que eu nunca havia sentido. O meu bebê foi um guerreiro, mas eu não o amamentava para não perder peso com a sucção. Eu ordenhava todos os dias e ele se alimentava na seringa, depois na sonda e, mais tarde, aprendeu a sugar. Eu nunca o deixei só, ia todos os dias para a maternidade onde Deus nos concedeu vitória. Chorei e sorri muito naquele lugar!

No dia em que o médico veio e falou que ele estava de alta, eu não tenho nem palavras para explicar a minha felicidade. Dói em pensar como fiquei feliz! Ele saiu com 1,800 kg e com saúde. Sentiu cólicas até o 7° mês e sofreu muito, chorava dia e noite e eu também. Hoje ele está bem, somente tem alergias respiratórias. Está com 1 ano e 11 meses. Nosso amor, Gregory, nosso vencedor!”


Rejane, mãe do Gregory

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