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14.08.2012

Falta de leitos neonatais no Rio Grande do Sul


     "Necessidade de buscar a Justiça para obter atendimento neonatal (...) Um bebê de dois meses precisou viajar 500 quilômetros para ser atendido (...)". É muito triste ter que compartilhar essas notícias (ontem já fiz aqui um desabafo sobre a saúde no RS). Só o faço pois acredito que disseminando informação, a probabilidade de obter ajuda e conscientização é sempre maior. Por que o RS não segue o exemplo do Paraná e investe em melhorias nas UTI's do Estado? Quantas tragédias ainda terão que acontecer?


     #prontofalei (de novo!)


      Por Joice Bacelo | Roberto Witter (10/08/12)





Foto ilustrativa

     "A necessidade de buscar a Justiça para obter atendimento neonatal de emergência expôs na quinta-feira, mais uma vez, a fragilidade do sistema de saúde.


     Um bebê de dois meses precisou viajar 500 quilômetros de Pelotas, no sul do Estado, para ser atendido em Ijuí, no Noroeste.

     Um avião fez o transporte. Dois dias antes, gêmeos de Canguçu percorreram quase 200 quilômetros de ambulância para receber atendimento. Nos dois casos, a agilidade só veio após determinação judicial. 

     Com a interferência, a espera de dias por uma resposta da Central de Regulação de Leitos do Rio Grande do Sul para a busca por UTIs neonatal e pediátrica teve fim em menos de 24 horas.

     O caso mais recente foi o de Luiz Lucas Pacheco, dois meses, internado com suspeita de pneumonia desde domingo na emergência do Pronto-Socorro de Pelotas. O estado de saúde se agravou na segunda-feira, quando os médicos descobriram que a ele também estava com coqueluche. Teve início uma peregrinação por vaga em hospitais com UTI pediátrica.


Ordem judicial determinou transferência de criança

     O drama teve fim com a ordem judicial determinando ao Estado e ao município o atendimento imediato à criança, em leito público ou particular. Como a única vaga estava em Ijuí, o bebê poderia não resistir à viagem, o juiz Gerson Martins ordenou que a remoção fosse feita imediatamente em um avião fretado.

     — Os primeiros sintomas apareceram na sexta, fui até o pronto-socorro, ele foi medicado e pediram que eu ficasse atenta. Se piorasse, era para voltar. No domingo, a situação piorou muito, eu o levei e ele ficou internado — conta a mãe, Eliana de Souza Pacheco.

     A decisão do juiz foi tomada menos de 12 horas depois da solicitação feita pelo Conselho Tutelar, que foi procurado pela família da criança. O menino foi removido de avião até Santo Ângelo. De lá, o bebê e a mãe foram levados de ambulância até Ijuí, onde chegaram por volta das 5h30min.

     — É dever do Estado zelar pela saúde das pessoas. Entramos em contato com a Central de Regulação de Leitos e com a Secretaria de Saúde (estadual). Como a questão não se resolvia e, neste caso, tempo é vida, nós precisamos solicitar o pedido à Justiça — diz Cristiane Herreira, uma das conselheiras que atendeu o caso.

     Na quinta-feira, a criança passou por uma bateria de exames. Até o início da noite, estava em estado grave, mas estável. Os médicos evitaram falar sobre o caso, já que ainda não tinham o resultado dos exames. Segundo a assessoria de imprensa do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI), um diagnóstico mais preciso sobre o estado de saúde do menino deverá ser conhecido hoje, com o resultado de exames." 



Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/geral/noticia/2012/08/drama-de-bebes-expoe-falta-de-leitos-neonatais-no-rio-grande-do-sul-3849213.html




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