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15.04.2011

Anti-séptico bucal para reduzir partos prematuros





     Pesquisas vem sugerindo uma relação entre doença periodontal e parto prematuro. Cerca de 1/3 das gestantes é acometida pela doença, pois alguns hormônios da gravidez podem estimular a inflamação da gengiva.


     Nesse contexto, um estudo apresentado pela 89a Sessão do International Association of Dental Research mostrou que o uso de um anti-séptico bucal foi capaz de reduzir o risco de parto prematuro em mulheres com periodontite. 


     "Ficamos surpresos com a magnitude dos resultados" diz a pesquisadora-chefe Marjorie K. Jeffcoat, da Universidade da Pennsylvania, na Filadélfia.


     O estudo incluiu 204 mulheres entre 6 e 20 semanas de gestação, que apresentaram periodontite não tratada. Destas, 49 foram aleatoriamente escolhidas e orientadas a enxaguar a cavidade oral com um anti-séptico a base de cloreto de cetilpiridínio. As outras 155 receberam embalagens idênticas ao produto, porém contendo água, e orientadas a realizar a higiene bucal.


     Apenas 6,1% das mulheres utilizando o anti-séptico apresentaram partos prematuros, que foi definido pelos pesquisadores como nascimento antes de 35 semanas. Entretanto, 21,9% do grupo que recebeu placebo apresentou nascimentos prematuros.


     Além disso, a média de idade gestacional dos bebês ao nascimento foi de 38,4 semanas no grupo tratado, comparado com 36,8 semanas no grupo placebo.


     A média de peso de nascimento dos bebês do grupo que usou o anti-séptico foi 3087g, comparado com 2633g do grupo que utilizou água.


     A Dra.Jeffcoat explica que a bactéria periodontal estimula a inflamação não apenas na cavidade oral da gestante, mas também em outras partes do organismo, aumentando a chance de parto prematuro.


     Convidado a comentar sobre os resultados do estudo, o Dr.Robert Genco, renomado professor da State University of New York at Buffalo disse "são achados realmente fantásticos". Porém, ele afirma ser precoce qualquer mudança na conduta terapêutica da periodontite em gestantes. São necessários mais ensaios clínicos para comprovar estes achados.


     A Dr.Jeffcoat e seus colaboradores já planejam iniciar um ensaio multicêntrico para corroborar os resultados de sua pesquisa.




Fonte: Medscape Medical News (18/03/11)




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