[caption id="attachment_15098" align="aligncenter" width="550"] O leite doado serve para salvar a vida de recém-nascidos prematuros e internados que não podem ser amamentados pela própria mãe. Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções e diarreias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado. (Foto: Divulgação)[/caption]
A campanha nacional de doação de leite humano 2014 tem o slogan “Quando você doa leite materno, doa vida para o bebê e força para a mãe”. Este ano a meta é aumentar em 15% o volume de leite coletado no Brasil, ampliando o número de bebês beneficiados. Em 2013, o total coletado foi de 174.493 litros.
No último ano, houve redução no número de mulheres que doaram seu leite. Em 2013, foram 159.592 voluntárias contra 179.113 no ano anterior. Embora tenha ocorrido um crescimento nos últimos anos de 27% no número de doadoras, de 2012 para 2013, foi registrado redução no número de voluntárias.
As vantagens do leite materno não está apenas para a redução da mortalidade infantil, mas também na qualidade de vida e na defesa das crianças contra uma série de doenças. Apesar da queda no número de doadoras, o volume de leite doado por cada mãe vem crescendo. Tanto que, entre 2010 e 2013, houve um aumento de 12% no total de recém-nascidos atendidos, chegando a 177.450.
Os bancos de leite figuram entre as principais iniciativas do Ministério da Saúde para a redução da mortalidade infantil, inseridos na estratégia da Rede Cegonha. Cada litro de leite pode atender até 10 recém-nascidos internados por alimentação, dependendo da necessidade. Toda mulher que amamenta pode doar leite materno para atender a demanda de bebês prematuros e de baixo peso.
Para fazer a doação, as mães lactantes podem solicitar orientação diretamente ao Banco de Leite Humano mais próximo da sua residência. A equipe vai até a casa da doadora, fornece todas as instruções e leva os frascos adequados para o armazenamento. Guardando o leite em casa, de acordo com a própria disponibilidade e no máximo até 10 dias após a coleta, basta a doadora solicitar a retirada do leite em sua casa. Qualquer quantidade é importante para a vida dos bebês, já que 1 ml de leite é suficiente para impactar na vida do recém-nascido.
[caption id="attachment_15099" align="aligncenter" width="940"] Toda mulher que amamenta pode doar leite materno para atender a demanda de bebês prematuros e de baixo peso. (Foto: Divulgação)[/caption]
Madrinhas
A campanha deste ano conta com duas madrinhas, uma mãe doadora e outra receptora e enfatiza que o leite doado serve para salvar a vida de recém-nascidos prematuros e internados que não podem ser amamentados pela própria mãe. Com o leite humano, o bebê fica protegido de infecções e diarreias, cresce com mais saúde, ganha peso mais rápido e fica menos tempo internado.
[caption id="attachment_15100" align="alignright" width="200"] A campanha deste ano conta com duas madrinhas, uma mãe doadora e outra receptora, Andréa Santa Rosa e Rany Souza. (Foto: Divulgação)[/caption]
As madrinhas da campanha são Andréa Santa Rosa, casada com ator Márcio Garcia, e Rany Souza. Com quatro filhos, Andréa é doadora de leite materno, mas precisou da doação quando o último filho, João, nasceu prematuro. Rany Souza é receptora, mãe de Isabela, que também nasceu prematura e esteve internada na UTI neonatal do IFF/RJ na semana em que a campanha foi produzida e já obteve alta.
“Como nutricionista, sei muito bem a importância do aleitamento materno. Ele é único e exclusivo, não precisar dar água, chá e tem todos os nutrientes fundamentais para a criança, além de ser um alimento de fácil digestão”, enfatizou a madrinha Andrea Santa Rosa. Rany Souza, mãe da Isabela, que nasceu no dia 28 de março, diz que a pequena precisou de leite doado por 15 dias. “Assim que ela nasceu, ela foi direto para a cirurgia, eu não pude dar leite para ela e o meu peito secou, então nesse momento eu não pude amamentar. Então o banco de leite ajudou bastante. Eu fiz translactação [técnica usada para reintroduzir o aleitamento no peito] e agora eu já consigo amamentar, as meninas do banco de leite ajudaram, ensinaram a fazer a massagem no peito para estimular”.
O Brasil reduziu em 77% a taxa de mortalidade na infância (menores de cinco anos), de acordo com o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). No período de 1990 a 2012, o número de óbitos passou de 62 a cada mil nascidos vivos para 14 mortes, nesta faixa etária. Com isso, o Brasil alcançou o índice de redução definido pelas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM 4), em relação à mortalidade na infância, três anos antes do prazo estabelecido.
[caption id="attachment_15101" align="aligncenter" width="400"] As vantagens do leite materno não está apenas para a redução da mortalidade infantil, mas também na qualidade de vida e na defesa das crianças contra uma série de doenças. (Foto: Divulgação)[/caption]
Fonte: Portal da Saúde e Blog da Saúde