07 de Fevereiro de 2013

Vitor: o milagre da mamãe Angela


Querida Angela: obrigada pelas palavras de carinho ao site e muita saúde pro teu Vitor!

"Olá! Antes de tudo, quero parabenizá-la pela iniciativa de criarem um blog sobre prematuridade. Os casos só aumentam e as informações ainda não são conhecidas por completo. Com o blog as informações ficam mais claras.

Meu nome é Angela Marica Costa e sou mamãe do vitorioso Vitor Costa Saraiva. Engravidei em outubro do ano passado e tudo corria bem. Minha pressão estava alta, mas logo a médica entrou com um medicamento mais forte, metildopa 500mg, 3 vezes ao dia, e controlou a situação.

Meu parto estava previsto para o dia 17 de julho de 2012. Porém, no dia 14 de maio fui fazer uma Ultrassonografia com Doppler e, durante a consulta o médico disse que era para pegar o laudo e procurar a minha médica com urgência, pois minha gravidez teria de ser interrompida. Procurei minha médica, mas ela estava fora do país e havia deixado uma substituta, que me internou na Santa Casa de Ponta Grossa, no Paraná. Logo a médica me comunicou que teria de me dirigir a Curitiba, pois em Ponta Grossa não havia vaga na UTI neonatal.

Chegando a Curitiba, fiquei internada no centro obstétrico do hospital Nossa Senhora das Graças. Minha pressão era de 24x19. No dia seguinte, tive alta para o quarto e tomei injeções de corticoide para o amadurecimento do pulmão do meu bebê. Eu tive um infarto na placenta.

Em 17 de maio de 2012, exatamente 2 meses antes da data prevista, meu filho veio fazer parte deste mundo. Nasceu às 16h54min. Ouvi apenas seu choro baixinho. Não pude ver seu rostinho de perto e logo os pediatras da UTI neonatal o levaram.

Vitor nasceu com 1.180 kg e 37 centímetros. Nasceu de 29 semanas. Evoluiu com apneia e bradicardia acentuada, foi submetido a oxigênio 100% e, como não obteve resposta, foi entubado e ventilado. Teve 8 tipos de infecções, uma hemorragia cerebral, fez séries de fototerapia e a luta pela vida começou.

Meu esposo, que foi vê-lo na mesma noite durante o horário de visita, me disse que nosso filho era perfeito, apenas pequeno. No outro dia, pela manhã, fui conhecê-lo e as lágrimas rolaram por minha face. Uma emoção ímpar, uma vontade imensa de tirá-lo dali, pegar no colo e levar para casa. Mas não dava.

No domingo meu esposo teve de voltar a nossa cidade e eu fiquei. Fui para uma hospedaria ao lado do Hospital e, dali, ia cedinho para o hospital fazer esgotamento do leite e passava o dia todo por lá.

Vitor mamava 4ml de leite a cada 3 horas, perdeu peso e passou por muitas complicações. Mas a fé aumentava a cada dia e a força de vontade dele de viver era imensa. Não reclamava de nada, apenas lutava pela sua vidinha. Pude pegá-lo no colo após dez dias. Que maravilha!

Foi difícil, longe da família, do esposo, mas anjos apareceram e se fizeram presentes no hospital para me ver, conversar, distrair a cabeça. E foi assim por um bom tempo.

Após 58 dias na UTI neonatal, tivemos alta e fomos para casa. Vencemos essa batalha. Pude trazer meu filho a minha cidade, junto da minha família, e hoje ele já está com 6 meses. É uma criança maravilhosa, sorridente, não incomoda e não ficou som sequela alguma.

Meu filho Vitor é o maior milagre da minha vida.

Agradeço a Deus e aos anjos pelo filho que me enviaram."

Ângela, mãe do Vítor

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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