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01 de Novembro de 2013
Um pequeno anjinho chamado Yan
Dia 06/08/2013, o céu ganhou mais um anjinho: o pequeno Yan. A mamãe Evelyn nos conta a sua história como forma de homenagem ao seu filho amado. Aos familiares, desejamos que Deus acalme seus corações e que a força do amor de vocês os una ainda mais, com o querido Yan no coração. Estaremos sempre com vocês em oração e pensamento. Beijos, com carinho.
"No dia 24 de maio de 2013, minha bolsa rompeu. Eu estava com apenas 16 semanas de gestação, foi um desespero. Ouvi a médica disser que as chances do bebê estar vivo eram mínimas, mas eu sempre mantive muita fé em Deus. Fui fazer o ultrassom para saber como estava a criança. Ela estava bem, com batimentos normais, porém, sem líquido amniótico algum. Fiquei internada por 5 dias, não estava mais perdendo líquido e estava repondo. A alegria era imensa!
Fui para a casa da minha mãe e fiquei de repouso absoluto, apenas levantava para ir ao banheiro e tomar banho, não fazia esforço físico nenhum. Consegui repor todo o líquido, chegando a meta que os médicos queriam. O meu filho estava ganhando peso, mas, infelizmente, perdi todo o líquido novamente enquanto dormia. Fui às pressas para o hospital, mas nada poderia ser feito, pois foi uma escolha minha não interromper a gravidez. Os médicos me deixaram ciente de que as chances do meu filho sobreviver era muito pequena, visto que ele já tinha uma deficiência em seus pulmões pela falta de líquido.
Mas eu, sempre com fé, segui a minha gestação, com muito repouso, mais de 6 litros de água por dia, exames de sangue e ultrassom toda sexta. Eu fazia toda essa rotina semanalmente, de ambulância, e acompanhado de enfermeira. As semanas foram se passando e tudo estava correndo muito bem. Entrei na 25º semana, dia 05 de agosto 2013, aniversário do meu pai e estava me sentindo ótima, até que levantei para ir ao banheiro e senti contração. Já sabia que era uma contração pelo fato de ter tido um filho de parto normal.
Pedi, então, ao meu pai que me levasse ao médico com urgência. Quando cheguei lá, por volta das 19h30min, já estava com um dedo de dilatação e tomei remédio na veia, mas não adiantou. Às 22h15min, dei a luz ao meu pequeno Yan, que nasceu com 930 gramas. A correria era grande, pois ele precisava de cuidados rápidos e foi levado a UTI Neonatal. Meu marido estava o tempo todo ao lado. Oramos muito pedindo a Deus que protegesse e cuidasse da vida do meu filho. Fui vê-lo na Neo por volta da 1h15min da manhã do dia 06. Confesso que meu coração apertou ao ver o meu pequeno respirando com tanta dificuldade. Conversei muito com ele e ele mexeu a mãozinha pra mim. Sai da Neo e fui para meu quarto, pois não podia ficar lá. Orei a noite toda, pedindo pela vida do meu filho.
A ginecologista que fazia o acompanhamento foi me ver e disse com os olhos cheios de água: ‘Nós tentamos, vamos rezar agora’. Ela me deu alta e eu não entendi. Logo veio uma enfermeira e me chamou pra ir na UTI Neonatal. Já comecei a chorar, pois só podia entrar lá após às 9 horas e eram 7h40min da manhã. Quando entrei, a médica veio ao meu encontro e disse que o Yan teve 3 paradas cardíacas, não tinha resistido e faleceu. Naquele momento acabou tudo, meu chão abriu. Eu só queria ver meu filho.
Então, pela primeira vez, eu o peguei no colo e disse ao Yan tudo que fiz por ele e que o meu amor será eterno. Enterrar o meu pequeno foi algo muito dificil... Dói e dói, sinto saudades. Tenho meu outro filho de 2 anos e 6 meses, é por ele que estou aqui. Nunca perca a fé em Deus!"
Evelyn, mãe do Yan
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