22 de Janeiro de 2025

Um milagre que me transformou

Um inchaço anormal, edema grau 4, pressão arterial subindo para 16x10, 18x10. Alteração renal. O diagnóstico: pré-eclâmpsia severa. Meu corpo já não aguentava mais, e Esther… minha pequena Esther já não estava recebendo oxigênio e nutrientes suficientes. O medo me consumia quando os médicos decidiram: cesariana de emergência. Era 28 de julho de 2023. Com apenas 32 semanas, minha guerreira chegou ao mundo, pesando 1.418 kg e medindo 37 cm. Mesmo tão pequenina, ela não precisou de oxigênio. Três dias de fototerapia, sem infecções, sem necessidade de antibióticos. Todos os exames mostravam uma bebê forte e saudável, agarrando-se à vida com todas as forças. Foram 23 dias na UTI neonatal, dedicados ao ganho de peso.

Durante 21 desses dias, vivemos o método canguru – pele com pele, coração com coração. Cada segundo era um milagre. Era como se ela soubesse que meu calor e meu amor eram a força que ela precisava para lutar e vencer. Enquanto Esther lutava, eu enfrentava minhas próprias batalhas. As dores do pós-parto eram imensas, mas nada se comparava às lágrimas que caíam a cada tentativa de ordenha. Cada gota de leite vinha acompanhada de dor, mas também de esperança. Era o meu amor transformado em alimento, um gesto pequeno, mas cheio de significado. Hoje, ao olhar para trás, vejo não só um bebê que superou todas as expectativas, mas um milagre que me transformou. Esther é a prova viva de que o amor vence, de que Deus está presente em cada detalhe.. E você, acredita em milagres? Eu acredito. Porque eu vivi um.