

14 de Maio de 2024
Um milagre chamado Maria Luiza
Eu já tinha 2 filhas e nem pensava em ter a terceira. Eu fazia tratamento para endometriose e não menstruava há 2 anos. Recebi a notícia da terceira gestação como um propósito de Deus e acolhi seu chamado. Com 16 semanas descobri um cisto no ovário que viria a ser um tumor benigno, pesando 380g e estava impedindo o crescimento da minha bebê. Logo, tive que operar, foi uma cirurgia aberta (tipo cesárea) com ela ainda em meu ventre e a notícia de que se precisasse salvar alguém, seria eu. Ali foi minha pior sentença, a cirurgia foi um sucesso e esse foi meu primeiro milagre.
Com 26 semanas descobri uma colestase gestacional nível gravíssimo e a notícia de que teríamos que interromper a gestação. Para evitar uma prematuridade extrema, acordamos juntos com os profissionais de saúde que me acompanhavam que ganharíamos tempo em semanas de uma forma responsável. Toda semana era submetida a exames laboratoriais e ultrassonografia com Doppler. Conseguimos chegar a 33 semanas. Durante o parto, Maria Luiza teve bradicardia, foi direto para UTI NEO. Não tive a chance de segurar minha bebê no colo e isso só foi possível depois da primeira semana de vida, pois, sempre que ela era manipulada, baixava sua saturação. Foram longos dias entre CPAP, alimentação por gavagem, até chegar na respiração espontânea e ela sugar minha mama. Vivi intensamente cada milagre que foi concedido a mim e a minha família. Hoje, Maria Luíza tem 1 ano e 8 meses. É uma bebê pequena, mas extremamente inteligente e perspicaz.