O que é bolsa rota ou ruptura prematura de membrana?
É chamado de amniorrexe quando ocorre o rompimento das membranas ovulares e amnióticas durante o trabalho de parto. As membranas ovulares são compostas de dois folhetos, um interno, em contato com o líquido amniótico, denominado âmnio, e outro externo, denominado cório. As membranas ovulares, assim constituídas permanecem íntegras até o início do trabalho de parto.
[caption id="attachment_13761" align="alignright" width="218" caption="Foto: Reprodução"][/caption]
Essa membrana é a bolsa de “água” onde está o bebê durante a gravidez. Esta bolsa, composta por membranas e líquido amniótico, mantém o bebê quente e em segurança. A bolsa rompe, geralmente, várias horas antes ou durante o trabalho de parto, que começa, geralmente, cerca de 12 a 24 horas depois da ruptura da bolsa.
Contudo, em alguns casos, a rotura das membranas ocorre antes que o parto tenha início – muitas vezes, antes mesmo que o feto esteja em condições de sobreviver fora do útero materno. Acontece um caso de ruptura prematura da bolsa se a mulher não entrar em trabalho de parto na hora seguinte à ruptura. Nestes casos, a rotura é classificada de amniorrexe prematura ou rotura prematura das membranas.
Essa situação faz com que a cavidade amniótica seja colocada em contato com os microrganismos que podem ser encontrados na vagina, propiciando dessa forma a contaminação do feto ainda dentro da cavidade uterina. Isso acaba sendo causa importante de partos pré-termo e contribui para o aumento da mortalidade perinatal. A mortalidade materna também é agravada pelos riscos de infecção.
Esse problema em cerca de 10% das gestações e tal acontecimento requer algumas providências por parte do obstetra, pois quando há perda de líquido, tanto a mãe quanto o feto ficam expostos a alguns riscos. Entre eles, o risco de infecção fetal e materna. Quanto tempo o organismo leva para o desenvolvimento de uma infecção após a ruptura é algo variável entre as gestantes e também depende de alguns fatores externos, como a quantidade de toques realizados durante o trabalho de parto.
[caption id="attachment_13760" align="aligncenter" width="300" caption="Foto: Reprodução"][/caption]
Como saber que a bolsa rompeu?
[caption id="attachment_13759" align="alignright" width="300" caption="Foto: Tumblr"][/caption]
Quando há eliminação de grande quantidade de água via vaginal que molha a roupa e escorre pelas pernas com odor. Este tipo de ruptura não gera dúvidas para ninguém, porém, quando a ruptura é parcial o líquido pode sair em pequena quantidade podendo ser confundido com um corrimento ou urina. Quando houver uma eliminação deste tipo é importante que a gestante observe se a eliminação se repete, e, se isto acontecer, deverá analisar todas as características da secreção. Sempre que houver dúvida o profissional deve ser avisado para verificar o caso através de exames da secreção vaginal e da própria aparência da vagina.
[caption id="attachment_13764" align="aligncenter" width="480" caption="Foto: Reprodução"][/caption]
E as consequências?
Como consequência maior, tem-se o risco da prematuridade sempre que a rotura das bolsas ocorra antes de 37 semanas. Por razões ainda não estabelecidas a rotura da bolsa amniótica acelera a maturação pulmonar do feto prematuro.