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06.06.2011

Teste do Pezinho - prematuros podem precisar repetir o exame


     Ainda no clima de conscientização sobre o Teste do Pezinho, acho importante divulgar as informações contidas no texto abaixo, que fala nas condições especiais para coleta do teste do pezinho em bebês prematuros ou muito doentes, que podem ter de repetir a triagem para confirmação dos resultados.



     "Todos os recém-nascidos prematuros, de baixo peso, ou hospitalizados, devem ser testados, inicialmente, como recomendado para recém-nascidos a termo sadios, entre > 48h e 7 dias de vida. Vide abaixo as recomendações:

Triagem para Fenilcetonúria
     A triagem para fenilcetonúria (PKU) só é válida se o recém-nascido estiver recebendo leite materno, fórmula infantil ou outra forma de dieta enteral adequada (pelo menos 75 calorias/kg/dia) há 24h ou mais, caso contrário deve ser anotado no envelope de coleta "insuficiente ingesta protéica", e uma nova amostra deverá ser obtida 24 -36h após o estabelecimento de ingesta protéica apropriada.
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Triagem para Hipotireoidismo congênito
     Em recém-nascidos de muito baixo peso ao nascer, especialmente os prematuros, deve-se repetir a triagem de hipotireoidismo congênito (dosagem de TSH) algumas semanas depois para detectar aqueles recém-nascidos cuja imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-tireóide possa mascarar o hipotireoidismo congênito primário. Recomendações:
* recém-nascidos com 1000-1500g - coleta de uma segunda amostra duas semanas após o nascimento;
* recém-nascidos com peso menor que 1000g - coleta de uma segunda amostra quatro semanas após o nascimento, independente da idade gestacional;
* recém-nascidos prematuros com peso maior que 1500g, mas com menos de 32 semanas de idade gestacional - coleta de uma segunda amostra duas semanas após o nascimento.

     A prematuridade está associada a uma diminuição dos níveis de tiroxina (T4), não devida à deficiência de TBG e acompanhada de níveis normais de TSH, assim sendo, quando a triagem do hipotireoidismo congênito é feita exclusivamente através da dosagem de T4, ocorre um aumento no número de resultados falsos positivos em prematuros. No laboratório DLE, sempre realizamos dosagem de TSH para valores de T4 abaixo de 6 mg/dl, para minimizar o número de falsos positivos, mesmo quando não solicitados.
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Transfusão / nutrição parenteral total / terapia com corticosteróides ou dopamina
     As condutas em relação aos prematuros que necessitam de transfusão são as mesmas dos recém-nascidos a termo e podem ser vistas no Protocolo de Transfusão Sanguínea. Deve-se também colher uma amostra, mesmo que precoce (com menos de 48h), antes da instituição de nutrição parenteral total (NPT) ou da terapia com corticosteróides ou dopamina. Uma segunda amostra deverá ser obtida entre o 3º e o 7º dia de vida. Uma vez que mesmo pequenas quantidades de NPT podem invalidar os resultados da triagem, especialmente gerando resultados falsos positivos para PKU. Recomenda-se para crianças que foram submetidas à NPT sem coleta prévia, a coleta de duas amostras: a primeira 3 ou mais dias após a mais recente NPT e a segunda 3 meses após a NPT final, sempre indicando no envelope de coleta "NPT".
     Em relação às crianças que receberam dopamina ou corticosteróides, sem coleta prévia, deve-se colher uma primeira amostra no período regular, assinalando no envelope de coleta estas medidas terapêuticas, e uma segunda amostra deverá ser colhida após o término da terapia.
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Triagem alterada
     Um teste de triagem alterado num recém-nascido prematuro com sinais clínicos compatíveis com a doença em questão, deve conduzir à imediata coleta de amostra biológica para testes confirmatórios. No entanto, se a criança não apresentar sinais clínicos da doença, a amostra de reconvocação deverá ser obtida com 4 semanas de idade, ou na alta hospitalar ou quando o recém-nascido atingir um peso de 2500g, sempre considerando o primeiro evento a ocorrer."


Fonte: DLE Medicina Laboratorial (www.dle.com.br)



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