25 de Agosto de 2021
Super Oliver
“Minha gestação foi bem conturbada, passei mal a gravidez toda, tive hiperêmese gravídica, enjoei, vomitei, tinha tonturas e azia. Já estava com diabetes gestacional, um domingo à noite, senti muita dor na nuca e falta de ar, quando olhei minha pressão estava alta, mandei mensagem para o meu médico, ele orientou que fizesse um ultrassom na segunda-feira. O médico verificou minha pressão, ainda estava alta, fez um ultrassom e constatou que não estava chegando sangue para o bebê e que estava com baixo peso.
O médico disse que seria necessário a internação, tomar duas injeções de corticoide, uma na segunda e outra na terça para amadurecer o pulmãozinho dele e fazer uma cesárea de urgência na quarta, e que nesse meio tempo o bebê poderia não sobreviver.
Fiquei muito preocupada e com medo, duas vezes ao dia eu fazia ultrassom para ver se tinha batimentos, na quarta de manhã, meu médico me buscou no quarto para fazermos um ultrassom antes do parto, logo depois me levou para o centro obstétrico e lá me prepararam. Recebi anestesia e não senti mais nada da barriga para baixo.
O parto começou e eu só ficava olhando para o monitor, em alguns minutos meu bebê saiu sem chorar, Oliver nasceu às 11:37 com 34cm e 862g. Foi entubado e levado direto para UTI, a médica passou com ele rapidamente e eu não pude nem vê-lo direito. Como eu ainda estava com efeito da anestesia, só consegui ver meu filho no outro dia cedo, chorei muito de emoção e medo ao mesmo tempo, tirei forças só Deus sabe de onde para vê-lo todos os dias mesmo com dores, tonturas, fraqueza nas pernas.
Meu filho foi um milagre de Deus, no sábado recebi alta, ainda precisando de ajuda para tomar banho, vestir roupa. Na UTI ele não teve nada, nenhuma intercorrência, ficou internado 55 dias. Eu tive depressão pós parto, comecei a tomar alguns remédios, sentia bastante dor na cirurgia e na anestesia. Foi complicado esse tempo, mas nós dois vencemos juntos!”
(Relato da mamãe Raissa, enviado em 2020)