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24.05.2011

Persistência do canal arterial em prematuros






O que é a Persistência do Canal Arterial (PCA)?     
     O canal arterial (ou ductus arterioso) é um largo vaso do coração que conecta a aorta (que leva sangue ao corpo) à artéria pulmonar (que leva sangue aos pulmões).
     Este ducto geralmente se fecha no recém-nascido a termo com 12 a 15 horas de vida. Esse fechamento tem que ocorrer, pois só assim a circulação se dá de forma normal, ou seja: o sangue circula pelo corpo e não retorna aos pulmões, o que poderia causar sérios problemas respiratórios.
     Nos bebês prematuros, o canal arterial permanece aberto por um período mais prolongado, e a freqüência da PCA é proporcionalmente maior quanto mais imaturo for o recém-nascido.




Sintomas e Diagnóstico     
     Problemas respiratórios no prematuro são sinais de que a PCA pode estar ocorrendo. O sopro, o pulso rápido e a taquicardia também podem levar o médico a suspeitar dessa condição, que é confirmada através de ecografia cardíaca.

Tratamento


     O canal arterial pode evoluir para um fechamento espontâneo. Caso isso não ocorra, o tratamento pode ser feito através de medicamentos que induzem o fechamento do canal (indometacina ou ibuprofeno).
     O uso de indometacina produz o fechamento na grande maioria dos casos, porém trabalhos têm mostrado que, em até 40% dos casos, ela pode ser ineficiente. Em até 35% dos casos que responderam inicialmente à droga, pode haver a reabertura.
      O ibuprofeno também tem sido utilizado na terapêutica dessa anomalia. O resultado da efetividade tem sido semelhante à indometacina, mas parece aumentar o risco de doença pulmonar crônica e a hipertensão pulmonar.
     A utilização de indometacina como prevenção reduz o número de canais arteriais sintomáticos, a necessidade de cirurgia e de hemorragia intraventricular grave. Não existe evidência de benefício ou de malefício a longo prazo para o bebê, incluindo o desenvolvimento neurológico.
     Caso a PCA não se resolva com o uso de medicamentos, é indicado o tratamento cirúrgico. A cirurgia é relativamente segura, sendo a mortalidade hoje extremamente baixa, porém complicações como pneumotórax e maior incidência de retinopatia de prematuridade grau II e IV têm sido descritas.




Fontes: Persistência do canal arterial em recém-nascidos prematuros (Nelson Itiro Miyague) J. Pediatr. (Rio J.) vol.81 no.6 Porto Alegre Nov./Dec. 2005; http://kidshealth.org; BoaSaude/UOL http://boasaude.uol.com.br/lib/showdoc.cfm?libdocid=3748&fromcomm=3&commrr=src


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