A análise da evolução de um gene pode ajudar cientistas a entender melhor as causas de nascimentos prematuros.
Dr. Louis Muglia e colaboradores, da Vanderbilt University School of Medicine relataram seus achados hoje no PLoS Genetics.
Os cientistas acreditam que alguns genes envolvidos no timing do trabalho de parto evoluíram rapidamente.
A explicação seria que, comparados com os de outras espécies, os bebês humanos têm cabeça e cérebro grandes, enquanto suas mães tem um canal de parto relativamente pequeno.
A explicação seria que, comparados com os de outras espécies, os bebês humanos têm cabeça e cérebro grandes, enquanto suas mães tem um canal de parto relativamente pequeno.
Muglia e seus colegas acreditam que o tempo de gestação possa estar diminuindo em função do tamanho dos bebês, para reduzir as chances de mãe e/ou bebê morrerem durante o parto. "Dentre as espécies de primatas, os humanos têm o menor tempo de gestação relativo ao tamanho de seu corpo e cérebro" diz Muglia.
A análise inicial de 300 mulheres na Finlândia apontou como responsável por este efeito um gene receptor do hormônio folículo-estimulante (FSH).
A análise inicial de 300 mulheres na Finlândia apontou como responsável por este efeito um gene receptor do hormônio folículo-estimulante (FSH).
Se a associação sugerida for comprovada, Muglia afirma que seria possível identificar mulheres em risco para parto prematuro através de uma triagem genética. Além disso, se o mecanismo através do qual as variáveis genéticas influenciam o timing do momento do nascimento for desvendado, medicamentos para evitar o parto prematuro poderiam ser desenvolvidos.
Já o expert australiano Professor Roger Smith, da Hunter Medical Research Institute de Newcastle, comenta que achou o estudo interessante e original, porém, não está totalmente convencido, uma vez que os resultados da pesquisa não foram estatisticamente significativos.
Fonte: ABC Science (14/11/10)