Notícia original publicada em 27 de fevereiro de 2014.

Trazer para casa um bebê é um dos momentos mais alegres da vida dos pais, mas quando complicações médicas atrasam o regresso a casa, a carga emocional dos pais pode ser devastadora.

Pesquisadores e assistentes sociais dizem que os pais de bebês prematuros e bebês que passam muito tempo na unidade de terapia intensiva neonatal frequentemente apresentam sintomas de transtorno do estresse pós-traumático (TEPT).

De acordo com o March of Dimes, um em cada dez bebês nascidos nos EUA passam algum tempo na UTIN.

"As mães muitas vezes sentem um monte de coisas emocionais diferentes quando o bebê entra na UTIN, uma coisa é que elas sentem medo e elas sentem culpa também", disse Hiedi Linder, uma assistente social clínica na UTIN do Hospital de Saúde Feminina St. Vincent, em Indianápolis. Essas emoções podem se transformar em ansiedade e depressão meses ou mesmo anos depois que a criança chega em casa do hospital.

Kira e Gabe Teare esperaram quase três meses para levar o seu filho Jackson para sua casa, em Brownsburg, após a sua estada na UTIN. Kira teve a Síndrome de Hellp, um tipo de pré-eclâmpsia, e isso estava afetando a sua saúde e a saúde de Jackson. "Ele nasceu com 26 semanas. Meu corpo estava se deteriorando e isso estava o afetando, portanto, a melhor coisa foi antecipar o parto", disse ela.

Ela chama as semanas de idas e vindas do hospital onde Jackson ficou a experiência mais aterrorizante de sua vida. Quando ela e seu marido leram sobre a recém-descoberta da relação entre os pais de bebês da UTIN e TEPT, eles não ficaram surpresos. "É a montanha-russa, o não saber é o que preocupa você. Um ano mais tarde, você olha para trás e vê todas as coisas que você passou e é muito difícil ", disse Gabe.

[caption id="attachment_12723" align="aligncenter" width="589" caption="Foto: Reprodução/FOX 59"][/caption]

"Apresenta-se com preocupação, preocupação excessiva sobre os diagnósticos que são rotina normal para os médicos ou rotina normal de doença", disse Linder.

Especialistas e os Teares citam uma forte rede de apoio como uma chave para lidar com o estresse. "O que tem sido mais terapêutico é conversar com outras mães da UTIN, ou seja, pais que estão passando pelas mesmas coisas", disse Kira.

Muitos hospitais, como o Hospital Feminino St. Vincent, têm pais que são assistentes sociais que podem falar com eles enquanto seu filho está na UTIN. Os Teares disseram que construir relacionamentos duradouros com médicos e enfermeiros também foi reconfortante. Alguns dos enfermeiros de Jackson até foram a sua primeira festa de aniversário.

"Também descobrimos que é útil compartilhar a nossa história. Nós documentamos isso no Facebook, que realmente foi uma ajuda para nós, assim como todas as orações e o apoio, e, além disso, ao saber que isso poderia ajudar alguém que esteja passando por essa jornada", disse Kira.

O March of Dimes oferece recursos de suporte on-line para pais de bebês da UTIN.  O transtorno do estresse pós-traumático pode coincidir com a depressão pós-parto e pode ser especialmente perigoso se ocorrer pensamentos suicidas.

Na reportagem original, você pode conferir um vídeo sobre o assunto (em inglês):

Fonte: FOX 59

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