24 de Fevereiro de 2024
Os gêmeos prematuros Théo e Raví
Théo e Raví nasceram no dia 01/11/23 Raví com 1.165kg e 38 cm, Théo com 1.285kg 40 cm, com 22 semanas o colo do útero encurtou, e eles poderiam nascer a qualquer momento, coloquei o pessário e fiquei de repouso absoluto e com 29 semanas e 6 dias a bolsa rompeu antecipando o nascimento deles.
No dia do nascimento Théo teve uma parada respiratória na hora do nascimento, não chorou, Raví chorou e foram do bloco cirúrgico direto para a UTI não tivemos nem a oportunidade de tirar a tão esperada foto de nós quatro juntos. Naquele dia começava nossa luta, foram 31 dias de UTi entre Théo e Raví, Théo saiu primeiro, todo dia era um back diferente, Raví com várias crises de apneia, os dois com infecção, Raví teve que fazer duas transfusão de sangue, foi entubado, enquanto Théo só melhorava, Raví tinha suas crises e seus altos e baixo.
Dia 06/12 recebemos alta para o quarto, Raví só perdendo peso e isso me preocupava a cada dia. No dia 12/12 fui dar o peito a Raví e no meu colo ele teve uma crise de apneia, minha sorte é que a fisio tava lá e foi ágil, logo ele voltou, mas teve que voltar para o berçário, lá voltou para o Cpap e sonda, quando chegou lá ele teve mais três crises de apneias seguidas. Voltou a tomar as medicações que tomou na UTI e no tempo que ele estava lá, ele teve apneia, passou 9 dias no berçário com várias crises. Dia 22/12 eles receberam alta para o quarto e se ele ganhasse peso 3 dias seguidos nós iríamos pra casa.
E começamos a criar expectativa porque eu não aguentava mais tá estar lá dentro, não aguentava mais esses morde e assopra ,não aguentava mais dar um passo para frente e dois para trás. Recebemos a notícia que dia 25 receberíamos alta, no dia 25 cedo acordei para organizar tudo, quando a técnica tinha terminado de dar o leite de Raví me entregou para ele arrotar, quando peguei Raví alguns minutos depois eu olhando para ele, percebi ele molinho, quando puxo a blusinha dele, ele tava em apneia, falei para o meu esposo e ele correu para pedir ajuda, eu comecei a fazer massagem nele e a enfermeira entrou correndo, pegou ele e começou a reanimar até que ele voltou, de imediato colocaram no oxigênio ali no quarto mesmo e o médico disse que pelo histórico de Raví se ele tivesse mais alguma ia agilizar a volta dele pra UTI.
Eu entrei em desespero, porque parecia que isso não iria ter fim. Nesse dia eu não dormi só olhando a respiração dele, com medo de a qualquer momento iria parar, mas depois ele foi melhorando, ganhando peso e tudo foi ficando bem. Dia 28 a médica queria nos dar alta, quando foi fazer os exames para ver como eles estavam, o de Raví deu alterado e com um resultado que não é para dar em bebê recém nascido. Ela repetiu o exame e deu o mesmo resultado o que deixou ela preocupada, então não liberou.
O infectologista pediu para não liberar e repetir exame no dia seguinte. No dia 29 repetiu o exame e deu o mesmo resultado, foi que recorreram a outra profissional que entendia do resultado sanguíneo e ela identificou que essa alteração é porque ele estava se recuperando da infecção. E finalmente nossa tão sonhada alta veio. Nós conseguimos!