04 de Novembro de 2013
O vitorioso príncipe Davi
“Sempre tive vontade de ser mãe, e, inesperadamente, sem planejar, em setembro de 2012, Deus me presenteou com a gravidez do meu filho Davi. Foi uma mistura de felicidade e medo.
Com 24 semanas, a minha pressão arterial começou a subir. Mesmo com medicamentos, ela não regulava e meu príncipe começou a perder peso e ter restrição de crescimento intra-uterino.
No dia 18 de abril de 2013, fui no período da manhã realizar o ultrassom. Durante o exame, o médico me perguntou quando seria o meu retorno e eu lhe disse que, depois que saísse dali, iria direto para o retorno.
Chegando na consulta, a minha médica analisou o resultado e virou para mim dizendo que iria me internar. Ela já foi ligando para a maternidade e passando o meu caso, informando que eu estava a caminho.
Na maternidade, foi realizado o exame de cardiotocografia. Assim que pegou o resultado nas mãos, a Dra. informou que teria que realizar o parto com urgência, pois estávamos correndo risco.
Assim, neste mesmo dia, às 18h33min, com 34 semanas, pesando 1,515 kg e medindo 39,5 cm, nascia o meu Davi. Ele ficou 24 dias internado, sendo 15 dias na UTI Neonatal e 6 dias na unidade de prematuros para ganhar peso, e 3 dias no quarto, antes da alta.
Depois de 48 horas, recebi alta. O meu sonho de sair da maternidade com ele nos braços se desfazia em meio às lágrimas. Fui vê-lo antes de ir embora. Saí do hospital em silêncio, e chorei durante todo o caminho. O meu coração estava em pedaços. Nunca imaginei que teria um filho prematuro e que me separaria dele tão cedo.
Mesmo morando em outra cidade, eu ia visitá-lo todos os dias. Ia de manhã, por volta das 7h30min, e só saia do hospital à noite. Passava o dia todo na maternidade, revezando entre as visitas e os horários de ordenha. Eu ia para casa apenas para dormir.
Ainda bem que o hospital adotou a técnica de mãe canguru, então, logo pude pegar meu pequeno príncipe no colo, e, acreditem, esse método ajuda muito na recuperação deles. Ele era tão pequeno, frágil e necessitou de fototerapia.
As orações de todos me ajudavam a ter força e repassá-la a ele. Por diversas vezes, chorei muito, até que entendi que as coisas acontecem conforme a permissão de Deus.
Não houve nenhuma intercorrência, até que no dia 12 de maio, Dia das Mães, Deus nos concedeu nosso milagre, e, finalmente, ele teve alta, pesando 2,030 kg.
Hoje, o Davi está com 4 meses, pesando 5 kg e com 57 cm. Ele é super esperto, mama no seio, e como mama... Um vitorioso, guerreiro, o milagre da minha vida! Deus é fiel sempre!”
Bethania, mãe do Davi
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