01 de Setembro de 2013

O vitorioso Caio

“Meu trabalho de parto começou em uma sexta-feira à noite. Eu trabalho com meu marido em uma lanchonete e no final da noite comecei a sentir dores, contrações que vinham das costas para o pé da barriga. Como as dores só aumentavam, falei para meu marido me levar para o hospital. Chegamos lá de madrugada, então me deram buscopan para tirar as dores e me mandaram embora, eu estava com 0,5cm de dilatação.

Passei quase todo o sábado com dor, então voltei para o mesmo hospital, porque sabia que estava acontecendo algo estranho. Me deram novamente buscopan + dipirona + anti-inflamatório (segundo a médica, tinha que tirar a dor de qualquer jeito), estava com 1cm de dilatação. Quando amanheceu o domingo, eu já não tinha força, sentia muitas dores. Fui em outro hospital mas não me atenderem, porque falaram que, como eu estava com 35 semanas, meu bebê nasceria prematuro e nesse hospital não tinha UTI Neonatal para ele ficar.

Fui em outro hospital particular e a médica que me examinou falou que eu já estava em trabalho de parto e, se ela me tocasse pra fazer o exame de toque, poderia romper minha bolsa. Mas ela nos informou que meu bebê ia precisar da UTI, e lá a diária é de R$ 1.500 por dia. Não tinha como eu ganhar lá, era muito caro. Então ela ligou para a médica que me atendeu no primeiro hospital que eu fui e falou que eu já teria que ficar internada, que meu bebê nasceria a qualquer momento. Foi um susto, mas um alívio também, afinal, tudo ia se resolver a qualquer momento.

Voltei então para o primeiro hospital que eu fui, pela terceira vez, minhas pernas doíam muito. Não tinha força nem pra ficar em pé direito depois de 3 dias com contrações. Finalmente fiquei internada, tive dilatação rápida até 6cm, depois não dilatava mais. A médica falava para esperar, pois tinha que ser o tempo do bebê, foi quando minha bolsa rompeu uma parte e a outra não. Isso já era domingo às 18h. Então, a médica me ajudou e terminou de estourar a minha bolsa, porque não tinha mais força pra esperar.

Felizmente, meu bebê nasceu às 18h48min com 1,800kg e 43cm. Meu prematurinho mais lindo, guerreiro e apressadinho. Caio ficou 21 dias na UTI Neonatal. No segundo dia em que estava entubado, teve convulsão e a médica disse que não saberia se ficaria com seqüelas. Estava ligado a várias máquinas, uma em especial que o ajudava a respirar, pois seu pulmão ainda era fraco e eu não tinha tomado a injeção de amadurecimento do seu pulmãozinho.
Graças a Deus, depois desse episodio de convulsão, só tivemos boas notícias. A cada dia que eu e meu marido íamos visitá-lo, só eram passadas notícias boas sobre ele.”

Verônica, mãe do Caio

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

Compartilhe esta história

Tem uma história de prematuridade para compartilhar?

Envie seu relato para gente e faça a diferença para quem precisa de palavras de força e esperança nesse momento.

envie sua história

Conheça outras histórias

Veja histórias por:

    Últimas Notícias

    Receba as novidades

    Assine nossa newsletter e fique por dentro de tudo que acontece no universo da prematuridade.