06 de Fevereiro de 2014

O vencedor Miguel

“Olá, equipe Prematuridade, é um prazer compartilhar a história do meu guerreirinho com todos vocês. O Miguel hoje, dia 23 de novembro, está completando seus 2 aninhos e eu e toda minha família louvamos a Deus por sua vida e pela sua saúde. O Miguel nasceu no mês mundial da prematuridade, prematuro de 33 semanas, medindo 43 cm e 1,750 kg e assim começa a minha história.

Em 2011, o meu esposo e eu estávamos há uns meses tentando engravidar, mas sem sucesso,até que em abril veio a grande notícia: estávamos grávidos! Foi uma grande alegria para toda a família. Os meus primeiros 3 meses de gestação foram tranquilos, não senti enjoos, mas aos 4 meses começou a minha batalha. Tive a minha primeira complicação, vomitei tanto que tive um derrame no olho e fui para o hospital ficar em observação, mas, graças a Deus, com o bebê estava tudo perfeito.

Aos 5 meses, recebemos a grande notícia: vinha um garotão para nossa família. Eu chorei de emoção, pois já sentia que seria um menino e até sonhei o chamando de Miguel, e assim foi, decidimos que seria Miguel o nome do meu menino. O Miguel sempre era super ativo na minha barriga, adorava me presentear com seus chutinhos, porém, da transição dos 5 para os 6 meses, tive a 2ª complicação e a pior. Tive um sangramento e corremos para o hospital. Chegando lá, estava entrando em trabalho de parto, já estava com 3 cm de dilatação e, então, o G.O. plantonista, na mesma hora, me mandou para a observação. Ele passou medicamentos para adiar o trabalho de parto e conseguimos adiar, no entanto, no mesmo dia, recebi uma triste notícia: a minha pressão estava alta e os exames elevados. Eu estava com pré-eclâmpsia, a partir daí fiquei em repouso absoluto.

Na semana após a complicação, fui visitar o meu G.O., que me deu outra triste notícia. Ele percebeu que o Miguel não havia crescido e, diante os meus exames, ele constatou que o Miguel não ficaria no meu ventre até os 9 meses de gestação. Nem ele soube prever a chegada do meu guerreiro, mas, com a sua experiência e eficiência, o meu G.O. passou injeções de corticóides para amadurecer os pulmões do Miguel.

Exatamente na semana após a visita ao G.O, dia 22, dei entrada no hospital com forte dor de cabeça. Eu estava muito inchada e sentindo dores. O plantonista me mandou fazer exames, que constataram uma ruptura da artéria do cordão umbilical, exames elevadíssimos e P.A. super alta, que, mesmo com medicação, não estava baixando, e veio a notícia: Miguel teria que nascer! Chorei demais, por me sentir vulnerável naquele momento, inútil por não conseguir segurar o meu filho por 9 meses, mas confiante que Deus faria o melhor por ele.

Meu G.O. fez o meu parto no dia seguinte, dia 23, e exatamente às 8h10min da manhã, o Miguel deu o seu primeiro choro. Me emocionei, mas o Miguel parou de chorar de repente e o pediatra que estava acompanhando o parto, pegou o Miguel, me mandou beijá-lo e disse que o levaria para a UTI. As horas no hospital foram passando e eu não sabia de nada do Miguel. As enfermeiras apenas me diziam que à tarde eu iria o visitar, mas não foi preciso. 6 horas após seu nascimento, Miguel veio para mim, tão pequeno, lindo e dormindo. Segurei-o no colo, cantei para ele e fiquei feliz porque o Miguel iria para casa comigo para minha felicidade: ele havia vencido o primeiro gigante.


Porém, aos 17 dias de nascido, o Miguel teve que retornar para o hospital e lá foi internado devido a uma icterícia elevada, pelo fato dele ter nascido prematuro. Ficamos uma semana com ele internado, fazendo diversos exames e aguardando o Miguel engordar mais um pouco, pois ele estava com apenas 1,500 kg. Novamente, Miguel se mostrou forte e venceu mais um gigante. Aos 11 meses, teve que se submeter a uma cirurgia de hérnia inguinal, porque a mesma já estava muito grande e vencemos mais uma vez.

Hoje, louvo pela sua vida, por ele ser um menino forte, esperto e muito brincalhão. Miguel me ensinou a dar valor à vida e às pequenas coisas que às vezes julgamos não ser importante. Miguel me ensinou que não devemos desistir, não importam as circunstâncias, porque com força e fé iremos vencer. E aqui deixo a mensagem para todas as mamães: não desistam de seus filhos. Sejam a força deles, pois eles precisam de nós para enfrentar os gigantes. Acreditem que os seus guerreirinhos são fortes como leão e serão vencedores!

Parabéns, filho pelos seus 2 aninhos. A mamãe, papai, vovó,vovô, titios e bisas te amam! (23/11/2013)


No final do ano passado, recebi uma ótima noticia da pediatra que o acompanha: ele está com peso e altura excelentes e super inteligente, pois já fala tudo com 2 anos e já forma frases e conversa. Ficamos muito felizes em saber que nosso prematuro está em plena saúde!”

Taissa, mãe do Miguel

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