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23.05.2011

O uso de antibióticos em bebês e crianças


     Os antibióticos são utilizados "em larga escala" nas UTI's Neonatais por aí afora, em função de infecções e de inúmeras situações em que se encontram os bebês lá internados. Tudo bem, é preferível prevenir do que remediar. Mas como mãe, fico sempre receosa em relação a administração destes medicamentos às crianças. Sei que eles são muitas vezes necessários e salvam vidas. Porém, ainda me parece que a prescrição dessas drogas se banalizou de uma forma perigosa para a saúde de nossos filhos.
     Desde o final do ano passado, só é possível comprar antibióticos com prescrição médica e retenção de receita. Ou seja, uma via fica com a farmácia e a outra, carimbada pelo estabelecimento, com o consumidor. Acho que essa medida já garante um pouco mais que sejam evitados os danos causados pelo uso indiscriminado de antibióticos.


     Sendo assim, achei interessante esse texto e resolvi repassar; bom para tirar dúvidas sobre o uso desses remédios...


     Beijos, Denise.



1) Antibiótico faz mal para os dentes? Os ministrados para crianças, não. Isso ocorria no passado por conta de um tipo específico substância, a tetraciclina, que manchava e alterava a cor dos dentes, mas esses efeitos eram desconhecidos. Hoje não há mais esse risco e as tetraciclinas não são mais prescritas para uso infantil.

2) Quantas vezes por ano a criança pode tomar antibiótico? Não há um número limite, depende de cada criança. Há aquelas que são mais vulneráveis e têm muitos episódios de amidalite e sinusite. O que é preciso é que um médico avalie sempre os sintomas e a criança para identificar o problema. Na primeira infância é muito comum as infecções virais, que têm sintomas bastante parecidos, como febre e problemas respiratórios, e o antibiótico não funciona no caso de viroses, só quando a infecção é por bactérias.

3) E se o meu filho fica sempre doente? O ideal é que o pediatra e os pais procurem identificar as causas da criança estar sempre doente e tentar eliminá-las. Ou seja, tratar a causa, não só os efeitos.

4) Por que é preciso tomá-lo, em geral, por dez dias? Entre a ingestão do antibiótico e ele atingir o ponto da infecção, o medicamento vai perdendo força. Como explicou a infectologista Luci, é como se o antibiótico fosse o exército dos mocinhos com uma determinada munição para combater o exército inimigo de bactérias. A munição dos mocinhos acaba e é aí que chega o momento de tomar de novo. Quanto à duração do tratamento, é para certificar-se de que todos os “soldados” inimigos foram mesmo eliminados, senão eles voltam a se multiplicar.

5) Tem de ser sempre no mesmo horário? Sim, pelo explicado na questão anterior, os horários e dias têm de ser respeitados rigorosamente. Só assim o tratamento dá certo.

6) O que fazer se esqueci uma dose? Ou se atrasei uma? Se o atraso for curto, de 30 minutos, pode dar a dose e seguir o tratamento. Se foi por muito tempo, dê a próxima dose no horário normal. A dose que foi esquecida deve ser dada no final do tratamento. Mas o ideal, de acordo com os médicos, é não esquecer mesmo e prestar muita atenção no tratamento.

7) É preciso, mesmo, ter tanto medo de oferecer antibiótico às crianças? Não, desde que seja receitado pelo médico. O risco que se corre é de dar antibiótico para resolver algo para o qual ele não funciona e só o médico tem condições de avaliar isso. Como qualquer outro medicamento, tomar por conta própria oferece dois riscos: o de fazer mal e o de não adiantar nada.

8) Existem outras formas de tratar determinadas doenças sem o antibiótico? As infecções bacterianas precisam de antibióticos, mas não todas. As de pequena extensão, como furúnculos, costumam se curar sozinhas. Vacinas e hábitos saudáveis ajudam a evitar doenças, mas quem avalia o tratamento é sempre o pediatra ou clínico.

9) E se não fizer mais efeito, dá para variar o tipo? Os casos como os da superbactéria não oferecem riscos para as pessoas em geral. Por isso, não há problema em continuar visitando um parente que está hospitalizado. A avaliação de se um antibiótico faz ou não efeito e a substituição só podem feitas por um médico. Quando precisar de uma consulta com um médico novo, ou em um pronto-socorro, informe quais medicamentos seu filho tomou nos últimos meses.

10) Antibiótico de criança e de adulto é similar? 
Alguns sim, só variam na dosagem e na forma de administração – em geral por via oral, líquido ou comprimidos, para as crianças. Outros são só de uso adulto.

Fonte: RevistaCrescer.com.br (http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI181197-15330,00-PERGUNTAS+E+RESPOSTAS+SOBRE+ANTIBIOTICOS.html)



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