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18 de Julho de 2013
O pequeno grande Victor Gabriel
“Olá, me chamo Keila Lima e vou contar um pouco da minha história e do meu anjo mais perfeito! Em dezembro de 2010, eu me encontrava muito debilitada, não comia nada, sangrando direto, até que resolvi ir ao médico. Fizeram um ultrassom em mim, todos pensavam que eu tinha um cisto, tumor ou alguma coisa do tipo no útero. Mas não, para a surpresa de todos, eu estava grávida de 9 semanas, e com descolamento da placenta. Então me receitaram remédio e repouso absoluto.
Tive várias ameaças de aborto, entre uma dessas, médicos me aconselharam a interromper a gestação, porque o 'feto' (como eles se referiam ao meu bebezinho) iria nascer com más formações e talvez com Síndrome de Down. Eu não quis saber, disse que queria meu bebê de qualquer maneira, ele seria perfeito para mim!
O tempo passou e eu estava com 31 semanas, minha gestação de alto risco passou para baixo risco. Fiz meu chá de bebê dia 22 de maio, estava me sentindo muito bem! Voltei a trabalhar e tudo. No dia 31 de maio, trabalhei na parte da manhã e estava me sentindo mal, fui para casa com fortes dores na barriga e um desconforto muito grande. À tarde, fui ao médico e ele nem me examinou direito, já me mandou para casa. Fui e fiquei ainda pior, ia no banheiro direto e não conseguia urinar, estava com dores no rim. Voltei ao médico e dessa vez era outro de plantão, ele me examinou e fez o toque. Eu já estava com 2 dedos de dilatação, com infecção urinária, febre de 40 graus e vomitando muito.
Fui internada para tomar os devidos medicamentos para mim e para o meu bebê. No outro dia de manhã, minha GO chegou, fez o toque e junto saiu o tampão. Eu já estava com dilatação total. Depois disso, as dores só aumentaram, eu estava na clínica que sempre planejei dar à luz, mas lá não tinha UTI NEO. Fui transferida para uma maternidade, a melhor do Estado em questão de cuidados ao prematuro. Não havia vaga na UTI para o meu bebê, mas, pelo milagre de Deus, uma criança teve alta e então surgiu a vaga!
Eu já estava tendo convulsões e o bebê estava em sofrimento fetal dentro do meu ventre, eu estava com 32 semanas e 5 dias. Eu só pensava em dar a vida por meu filho. Entrei na sala de parto às 12h e às 12h10min ouvi a música mais linda de todas, o choro do meu Pequeno e Grande VICTOR GABRIEL. Um choro rouco, me deram pra eu dar um cheirinho e logo levaram ele para a UTI com dificuldades para respirar. Estava roxo, e eu só sabia agradecer a Deus, tinha certeza que meu filho iria viver, pois lutamos tanto e nada iria nos abater. Deus estava do nosso lado!
Fui vê-lo no outro dia. Ao entrar na UTI, as enfermeiras me olharam e perguntaram se eu era a mãezinha do Victor. Eu disse que sim e elas me deram os parabéns, porque ele já estava respirando sozinho! Perguntei se ele corria algum risco e elas me disseram pra eu orar, e foi isso que fiz. Fui para perto dele, o peguei no colo, orei muito e agradeci a Deus. Ele era lindo, disseram que se parecia comigo! Nasceu com 39cm e 1,750kg. Três dias depois, foi para a UTI de médio risco. Já estava sem sonda e mamou no seio pela primeira vez. Chorei muito de felicidade!
No outro dia, quando fui amamentá-lo, ele já estava sendo preparado para ir pro quarto. Deus seja louvado, vibrei de felicidade! Três dias depois, o Victor perdeu peso e foi para 1,500kg. Me desesperei, na época era totalmente leiga sobre prematuridade! Fui transferida no 10º dia para a enfermaria e lá sim tive conhecimento do que era ser mãe de prematuro. Ele voltou para o banho de luz, pois era muito amarelo. Perdeu mais peso (1,455kg), e eu disse ‘chega, meu filho, não vai perder, vai ganhar, pois é um vencedor’. Comecei a tirar leite do seio e dar no copinho, para ele não fazer esforço. Começou a pegar peso e, depois de 1 mês no hospital, tivemos alta (ele com 1,806kg).
Fez acompanhamento direitinho, andou com 1 ano e 1 mês e sempre foi um bebezão, ninguém acreditava que ele era o bebezinho das fotos! Completou 2 aninhos e, para glória do Senhor, está ótimo, uma criança normal, graças a Deus! É gente, essa é a história do meu guerreiro, que sofreu desde o começo pra viver, e VENCEU!”
Keila, mãe do Victor Gabriel