08 de Setembro de 2013

O nascimento da princesa Laura Vitória

“Olá, sou mamãe da Laura Vitória, nome dado por sua luta desde meu ventre. A gravidez não foi planejada, mas já namorava há 9 anos, até que tivemos a notícia de que estava para vir um bebê. Foi uma gravidez tranqüila, sempre fazendo exames, até a mais do que era solicitado. Como dizia a Dra: precaução. Até que, quando eu completei 29 semanas e 4 dias, acabei passando mal no serviço e fui para o hospital mais próximo de meu trabalho. Foi então que descobri que estava com descolamento de placenta.

Naquele hospital não havia vaga para a Laurinha, caso ela viesse a nascer, então fui transferida para o hospital mais próximo de minha casa, em Guarulhos. Tive muito medo, mas os médicos falavam que era só fazer repouso que tudo iria ficar bem. Quando eu completei uma semana de internação, acabou constando no exame cardiotoco que eu estava com contrações, mas eu não sentia absolutamente nada, e naquele dia eu estava com 30 semanas.

Até que a Dra. disse: ‘Mãe, vamos ter que fazer seu parto agora, prefiro cuidar dela aqui fora, pois sua bebê já está em sofrimento! Não tinha noção do que poderia acontecer. Eu tive hemorragia na cirurgia, me lembro que vi sangue jorrando na médica e ela gritou para os auxiliares dela me reanimarem, pois eu estava perdendo muito sangue. Até que ela disse que minha placenta estava totalmente descolada, e em seguida ouvi o choro da minha princesa, que foi um enorme alivio.

O sonho de toda mãe é ver o rostinho de seu bebê, mas o meu não foi realizado naquele momento. O médico veio ao meu lado e disse: ‘Mãe, você teve uma menina, nasceu com 1,420kg e com 42cm, mas já levaram ela para a UTI Neonatal’.

Conheci minha pequena no outro dia, cheia de aparelhos, entubada, aquela imagem tão difícil. Quase não dava para ver seu rosto, estava com os olhos tampados e de toquinha, tão miudinha, mas ela era a minha princesa! Dali em diante começou a luta. Teve diversas apnéias e sempre na hora da visita, sopro, anemia, pneumotórax, recebeu transfusão diversas vezes, tomava cafeína, enfim, foram 54 dias dentro de uma UTI. Entrava lá com o coração na mão, sem saber a notícia que me esperava todos os dias. Imaginava que ela nunca ia sair daqueles aparelhos, mas Deus conduziu aqueles médicos e, graças a eles e à luta dela, que não foi fácil, hoje ela está com 5 meses.

Costumo dizer que ela veio no tempo de Deus, ele preferiu assim, ele nos deu essa luta e nós vencemos! Nunca perca a fé, ‘Enquanto houver vida ou enquanto ali respirar, vamos orar’. Frase que eu nunca esquecerei.”


Diúlia, mãe da Laura Vitória

Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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