15 de Março de 2025

O milagre do impossível.

Todo pequeno milagre traz detalhes do céu e nos permite viver grandes milagres. Em 1998, fui diagnosticada com espondilolistese e espondilólise, o que significou que tive que passar por um procedimento cirúrgico de emergência. Durante o diagnóstico, os médicos também me disseram que um dia eu poderia ser mãe. Após a cirurgia bem-sucedida e a recuperação, ter um filho um dia poderia estar muito longe ou nunca acontecer. No entanto, os planos de Deus são maiores que os nossos, e cada detalhe do que Ele faz não depende do cenário. E meu primeiro pequeno milagre estava prestes a acontecer. Minha filha Ana Flávia nasceu prematura com 670 gramas e 22,5 semanas. Como minha bolsa rompeu numa quinta-feira, foi necessária uma cesariana de emergência. Porém, naquele dia não havia incubadora para minha filha ficar, pois ela era muito prematura. Eu sabia o tempo todo que a gravidez era de alto risco, pois tanto eu quanto ela poderíamos não sobreviver, além dela ter sequelas como, sequeira, surdez e paralisia cerebral.

Então, tivemos que esperar até domingo, 30 de abril, para que ela nascesse. Durante esses três dias de espera até que ela nascesse, ela perdeu peso, pesando apenas 400 gramas. Depois que minha filha nasceu, ela ficou entubada na UTI por dois meses e mais dois meses na UTI. Durante esses quatro meses de internação intensiva, minha pequena recebeu uma bolsa de sangue. Mas um dia eu soube que ela havia contraído uma infecção hospitalar, o que a obrigou a passar uma semana em isolamento.

Aquele cenário parecia o fim, já que era raro um bebê nessas condições sobreviver, mas os planos de Deus para sua vida estavam escritos. Naquela cenário, a fé em Deus era tudo o que eu conseguia ver ao meu redor embora às vezes o coração temesse a maioria das vezes diante do quadro dela, porque imaginar que minha filha primogênita estava passando por aquilo era como estar em um barco onde as ondas fariam você afundar. Uma semana depois, como de costume, fui direto para o quarto onde minha filha estava isolada, e quando vi que o quarto estava vazio, meu coração gelou, enquanto mil coisas passavam pela minha cabeça naquele momento.

A médica me disse que não entendia o que tinha acontecido porque não havia infecção na minha filha, e imediatamente a levaram para o CTI, onde ela ganhou peso e depois de tudo isso, foi liberada para o hospital sem nenhuma sequela. Hoje minha filha, Ana Flávia, é uma jovem de 24 anos, que se formou em direito e sem nenhuma sequela. Diante de tudo isso, consigo enxergar o milagre do Senhor Jesus em nossas vidas. Sei que toda mãe de um bebê prematuro é mãe de grandes milagres. Isisfrancey Rodrigues. "Minha vida é um verdadeiro milagre, e ser uma prova de vida e fazer parte da história é saber que tenho um grande propósito neste mundo. Sou grata a Deus por ser parte do milagre na vida de meus pais, e através de minha história ser testemunho também desse milagre." - Ana Flávia.