

04 de Julho de 2025
Minha Bebê Milagre
Bom dia a todos, meu nome é Sara Letícia e hoje vim contar o meu testemunho.
No dia 24 de dezembro, eu estava grávida de 25 semanas. Corremos para o hospital, pois eu estava com a pressão de 18/11 e tive um sangramento importante. Logo veio o medo de estar perdendo a nossa filha.
Chegando lá, eles me internaram e já veio o diagnóstico de pré-eclâmpsia. O medo e o desespero tomaram conta da gente. Toda a nossa família se uniu em oração, pois a nossa bebê corria grande risco de não sobreviver devido à prematuridade.
Eu estava tomando três tipos de medicações para controlar a pressão, mas não faziam efeito. No dia 7 de janeiro, fiz um ultrassom pela manhã e a médica já veio me dizendo que o meu líquido amniótico tinha diminuído e que a minha filha tinha uma restrição de crescimento em estágio 3. Ela me disse que, se eu tivesse fé, era para começar a rezar naquele instante, pois provavelmente eles iriam interromper a minha gestação. Minha situação era grave: meu fígado e meus rins já estavam ficando comprometidos. A pré-eclâmpsia tinha começado a atacar os meus órgãos, e a minha filha corria risco de evoluir a óbito dentro da minha barriga a qualquer momento.
Os médicos discutiram o meu caso e decidiram interromper a minha gestação naquele dia. Já tinham conseguido vaga no CTI para a minha filha e, mais uma vez, me explicaram o risco que ela tinha de não sobreviver.
Às 14:00 horas do dia 7 de janeiro, fui levada para o bloco pré-parto e, às 21:00 horas, fui para a sala de parto. Às 21:32, Melina veio ao mundo, com 27 semanas (6 meses de gestação), 30 cm e pesando 615 gramas. Ela nasceu chorando. O médico me disse várias vezes que isso poderia não acontecer, devido à imaturidade dos pulmões, mas, quando ouvi o seu choro, logo soube que Deus tinha um propósito na vida dela, na vida da minha família.
Comecei a chorar e agradecer. Minha pressão subiu e tive uma hemorragia. O anestesista me colocou para dormir, mas eu vi a minha filha ser entubada e levada para o CTI.
Foram 18 dias de internação, e a nossa maior dor foi ter que ir embora e deixá-la para trás.
No dia 12 de março, fui à missa dos enfermos pela primeira vez. Quando o Santíssimo passou por mim, eu estava com a foto dela na mão. O coral cantava assim: “Cura, Jesus, se o Senhor quiser, mas se não quiser, ainda assim Te adorarei.” Nesse momento, o Padre Wagner falou que Jesus estava curando um bebê que estava internado no CTI e que ainda não tinha ido para casa. Na mesma hora, me emocionei e senti no meu coração que aquele bebê era a minha filha Melina.
Deste dia em diante, essa música foi a minha oração por ela em todas as visitas no CTI.
No dia 21 de março, Melina conseguiu sair do oxigênio e começou a respirar sozinha. E, no dia 26 de abril, a nossa menina recebeu alta do hospital e foi para casa.
Foram 110 dias de internação — dias de luta, de choro, de agonia, mas também de muitas vitórias. Melina veio ao mundo para nos ensinar a sermos fortes, para nos mostrar que Deus está no controle de tudo, que tudo acontece no Seu tempo.
O nosso milagre aconteceu. A nossa Melina está bem, está em casa, sem nenhuma sequela.
Tenham fé e confiem no seu impossível. Deus é um Deus de milagres, e nós somos a prova disso.