19 de Março de 2013

Miguel, um grande guerreiro


Agradeço à Carla pelo envio da história e desejo ao Miguel muita saúde e toda felicidade do mundo! Beijo grande.

"Meu nome é Carla, tenho 28 anos e dois filhos: uma menina de 12 anos, Maria, e meu pequeno guerreiro, Miguel.

Engravidei do Miguel em janeiro de 2011. Tive uma gravidez tranquila até o inicio de agosto, quando comecei a sentir três dedos da minha mão esquerda ficando dormentes. Fui ao posto de saúde e verificou-se que a minha pressão estava alta, 140x90. Comecei a tomar metildopa, 3 vezes ao dia, fazer repouso e comer comida sem sal, mais nada adiantou.

Quando foi a noite do dia 17 de agosto de 2011, eu estava deitada com meu marido e minha filha assistindo televisão,comecei a ter uma crise de hipertensão, a minha boca inchou e entortou, minhas mãos entortaram!

Meu marido ficou desesperado pois a maternidade mais próxima da minha casa com suporte para parto prematuro ficava a 150km de distância.

Passei a noite em um pronto atendimento e na manhã seguinte, seguimos para a cidade de Betim (MG), onde havia maternidade com UTI Neonatal.

Dei entrada no hospital tendo outra crise hipertensiva: fui admitida com pressão 220x180.

No hospital fiz um doppler que constatou que o fluxo vai estava centralizado. Tive que ser submetida a uma cesárea com risco de morte para mim e para meu guerreiro. Não tive tempo de tomar as duas doses do corticóide. E lá fomos nós para a sala de cirurgia. Tudo preparado: UTI pra o guerreiro, UTI pra mim.

E às 17h53 do dia 19 de agosto de 2011, com 30 semanas, nascia Miguelzinho Guerreiro, chorando (acreditem!), com apgar 8 e 9, pesando 1235g e medindo 37 cm. Ele foi direto pra UTI, e eu fiquei bem, pude ir direto pro quarto.

Ele ficou intubado por apenas 5 horas, depois foi pro CPAP.

No dia seguinte fui ver me guerreiro, depois de todo o procedimento de assepsia, encontrei meu Miguelzinho, minúsculo mas com todo sua garra de vencer sorrir em meios as fios.

Eu só chorava, mas a força do meu guerreiro me fez ter forças também e lutar junto com ele. Como morava longe do hospital consegui ficar internada junto com ele. Miguelzinho lá na Neo e eu no alojamento conjunto.

E  a batalha vencida pelo guerreiro foi: doença da membrana hialina, icterícia, sepse precoce, suspeita de NEC,  na qual ele ficou 7 dias em jejum, e o desmame do oxigênio na incubadora e doença do refluxo.

Mas esta mãe aqui permaneceu forte a seu lado , ficando o tempo com seu guerreiro, tirando o leite pra todas as mamadas, só indo ao quarto pra dormir o minimo necessário e se alimentar.

E com 30 dias de vida ele pôde mamar no peito, e deu um show de sucção. Depois ele foi pro alojamento comigo, e de lá, pra casa, com 2150 gramas. Depois de 42 dias de internação vencemos a luta!



Hoje ele tem 1 ano e 4 meses, só conhece o leite materno, nunca fez uso de fórmulas, fala bastante, anda desde 1 ano, nunca teve uma gripe, é a riqueza desta família.


Beijos,

Carla, mãe orgulhosa do Miguelzinho Guerreiro."


Responsabilidade do conteúdo por conta do autor, não reflete o posicionamento da ONG. Não nos responsabilizamos pela veracidade dos fatos.

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